
Opa, deu para notar a enxurrada de novidades? Perder a virgindade e vingança feminina é a última coisa que vem à minha cabeça quando penso em um filme da YRJ: eles nos deram Dilwale Dulhania Le Jayenge! O que me pareceu é que a necessidade de conexão com o público jovem urbano é muito grande, mas pesaram a mão no filme, que ficou muito estereotipado. Na busca desse público, fizeram um filme adolescente americano típico. Não me refiro às roupas dos personagens ou a falarem inglês vez ou outra, já estou acostumada com isto. Falo do fato de o filme lembrar o Todas Contra John (que nunca vi), de não ter nada que parecesse diferente. Não sei se é isto o que quer a juventude indiana, mas achei fraco demais para a estréia de uma produtora. Minha sensação foi que meu interesse pela Y-Films não duraria nem até o intervalo.
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O "GO FUCK YOURSELF" que ela grita me deixou atraída pelo filme! |
Poderiam ter tido mais cuidado com as cenas. Na cena em que estava descobrindo toda a traição, Rhea saiu correndo para chorar, e uns 10 minutos depois, já estava fazendo aquela cena tradicional de olhar para a tela e jurar vingança. Como é que conseguiram passar tão pouca firmeza em uma cena tão clássica? Adoro este tipo de cena e não canso dela, mesmo já a tendo visto em tantos filmes. Já estava ruim quando a Shradda (como se pronuncia isto?) estava chorando e não saiu nenhuma lágrima, mas a tal cena foi pior porque deveria ter dado o tom de “ARRASA, GAROTA!” para o resto do filme. Taaha Shah também não fez muito melhor, mas convenhamos que o rapaz não teve muitas cenas boas para fazer grande coisa. O indivíduo até teve que fazer cena em que se coçava porque as meninas puseram pó-de-mico em sua cueca (jura que chamam isso de novo?). Comentei que ele teve de se vestir de mulher? Até que o garoto mandou bem. O nome do clipe em que a magia acontece é Mutton, e foi promovido como a nova Munni, melhor que a Sheila, algo assim (vejam o post do Tees Maar Khan). Não tem tanta graça quanto queriam fazer ter, mas poderia ser pior. Ruim é a música, ou melhor, as músicas. A única de que gostei foi F.U.N. Fun Fanaa, mas foi mais por ser engraçadinha e por o clipe ter a participação de um cantor que eu não esperava ver. Cliquem se quiserem saber, mas saibam que é a surpresa do fim do filme (minha mente emocionada achou que o Shahrukh Khan apareceria). Aliás, a coisa foi tão óbvia o tempo todo que eu sabia o que o cantor iria fazer na história.
Eu e meu eterno fascínio por nerds de óculos .-. |
Nem tudo foi ruim, minha gente. Gostei das duas amigas de Rhea, especialmente da Jugs (Pushtiie Shakti). Outra coisa muito legal foram os créditos de abertura, em que os atores fizeram uma montagem usando muitas camisas diferentes, o que deve ter dado trabalho. Lembrei do Tees Maar Khan pelo fato de que eu apreciaria mais momentos se as pessoas gritassem menos... e cortassem aquela cena final ridícula.
É claro que não gostei do filme, e a expectativa que eu tinha em relação a ele fez a queda do cavalo ser mais intensa. Não precisava tanta obviedade e falta de conteúdo (ou presença de conteúdo ruim, vai saber) para fazer um filme jovem. Sempre usarei três palavras como prova de que é possível fazer um filme indiano simples, inovador, jovem, urbano e lindo: Wake Up Sid. Depois dele, meus padrões para filmes de diretores estreantes aumentaram muito. Sendo assim, senhor Bumpy — sim, este é o nome da criatura que dirigiu isto —, façamos um pouquinho mais de esforço na hora de gastar um orçamento.
Até a próxima, e pisem com cuidado no terreno da pequena Y-Films. E vejam Wake Up Sid.
1 comments
Great analysis there..and nice blog !!
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