Bolly + Eu + 2012 = Tsc

Adoro fim de ano. Época de pensar, rever minhas metas para o ano que se foi e escrever novas. Isto vale tanto para a vida quanto para minha relação com Bollywood.

O cinema hindi tem mudado bastante nos últimos anos. Ano após ano, fica difícil entender se a tendência é em direção a coisas novas ou a fórmulas batidas. Vejamos por 2011. The Dirty Picture, um filme impensável na carreira de uma "mocinha" há 20 anos, fortaleceu a posição da Vidya Balan como atriz que faz personagens femininas fortes que cativam o público. No mesmo ano, Ajay Devgan e Salman Khan fizeram rios de dinheiro com Singham e Bodyguard, filmes sem heroínas fortes e que resgataram o típico herói masala, macho e ainda muito presente nos filmes das indústrias do sul.

Essa mistura de estilos dominando as bilheterias me animou muito, já que se podia encontrar de tudo. Comecei o ano de 2012 animada, vendo de tudo que saía e ansiosa para os lançamentos de final de ano, que são os mais caros e esperados. O tempo foi passando, problemas surgindo, muita coisa triste para resolver e...bem, claro que fui ficando desanimada. Entretanto, não foi apenas minha vida pessoal a responsável pelo desânimo. A certa altura do ano, notei que maioria dos conteúdos que eu esperava parecia algo já havia visto.  Vejam só:



Madhur Bhandarkar, que tem fama de testes de sofá, falando sobre ~mulheres fortes e independentes~. Sentido, cadê? Bebo provavelmente faria alguma coisa como sexo fora do casamento (que drama, gente) e beber, isso seria considerado mega transgressor e um ponto de virada em sua carreira. Não duvido nada que ela espere um National Film Award, assim como a Priyanka ganhou por Fashion (mistérios da vida). Minha sensação é de que eu iria apenas aplaudir a Bebo por ser poderosa, como sempre faço, e fim. Nada de novo.



Shahrukh Khan com quase 50 anos no mesmo papel que fez trocentas vezes aos 25. Quando lembrei que o filme era do Yash Chopra, até a curiosidade começou a morrer. Pensei em Silsila e temi passar 3 horas de vida assistindo a um absurdo justificado por alguma moral romântica ridícula como ~amor é fé, e a fé é para sempre~. Eventualmente assistirei, afinal, Shahrukh romanceando com mera Kat e Anushka-raio-de-sol não é algo descartável. Ah, quase esqueci! Descanse em paz, Yash ji.


Uou, eu estava animada. Bastante coisa! Adoro carros voadores, Rohit Shetty, cores fortes e Abhi na comédia - ou seja, tudo o que o filme prometia. Tive algum tempo livre entre uma aula e outra e pude assistir algo. Foi quando me perguntei: quero mesmo gastar meu tempo com mais um Golmaal? Descartando todas as piadas preconceituosas (i.e, 90% delas), a trilogia Golmaal me faz muito feliz. Só que não preciso de mais um filme quando já vi - e revi - três iguais.


Esse, eu nem sabia do que se tratava, mas era um dos que mais queria assistir no ano. Quando chegou o momento, parecia uma mistura de vários filmes de ação do Salman Khan. Provavelmente fiz um julgamento sem sentido, mas o resultado foi o mesmo das outras situações: desisti temporariamente. O mesmo se aplica a Dabangg 2.


Tenho quase certeza de que vou assisti-lo e adorá-lo, já que é este o efeito dos filmes do Ranbir sobre minha pessoa. Ainda assim, os trailers me remetiam à persona Chaplin do Raj Kapoor, vovô do Ranbir. Associados à presença da Priyanka - cuja atuação anda me irritando -, os pequenos motivos foram se unindo e até hoje estou enrolando.


A série Khiladi é MUITO divertida, mas...chega, né?

Há outros filmes que não vi, mas ainda mantive uma boa expectativa. Alguns, como Talaash, espero que sejam excelentes!


Como ano novo também é essa época gostosa de pensar no que deu certo, vamos falar do que gostei. Menção honrosa para dois não-favoritos que me fizeram passar horas agradáveis sentada no sofá:


Apesar de eu ter desistido gradualmente de 2012, uma parte dele me fez muito feliz mesmo, sendo todos filmes da primeira metade do ano. E cá estão meus filmes mais que favoritos do ano!

Kahaani, Agneepath e Rowdy Rathore: SEUS LINDOS.

Quando vejo meus favoritos, penso que vale a pena ver um mar de coisas chatas para encontrar uma única pérola que seja (brega, sim ou com certeza?). E como a boa amiga que sou, estou pronta para o que Bolly trouxer. Pode chegar, que a casa é sua, 2013!

2 comments

  1. Barfi pra mim, infelizmente, é só uma versão da visão de Sawaariya pra uma história diferente. Mas é bonitinho. :)

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