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Nem todo o meu carinho pelo Aamir Khan dos anos 90 me prepararia para o tanto que me diverti com Rangeela. Não falo apenas de elementos obviamente divertidos como:

O sofá voador

Ensaio de dança na praia

O chapéu feio

A condução da história a deixou agradável de assistir, mesmo sem trazer nada de muito surpreendente. O enredo é bem básico: garota sonha em ser atriz, consegue sua primeira chance graças a um ator famosíssimo e seu melhor amigo pobre não consegue declarar seu amor por não se sentir parte do novo mundo da garota.

Uma descrição tão superficial não dá conta de explicar todo o carisma de Munna. Mal-educado, temperamental e grosseiro, o personagem facilmente me causaria antipatia caso não fosse tão bem interpretado por Aamir. Em vez de detestá-lo, acaba-se torcendo para que seja feliz.Você sabe que ele não tem emprego, educação formal e nem objetivo de vida, mas quer que ele fique bem porque é boa pessoa. Suas roupas são horríveis, a barba está por fazer e aparentemente ele está sempre sujo, porém você gostaria de convidá-lo para almoçar em casa porque ele é legal. Não é o grande herói de bom coração que anda pela cidade alimentando cães de rua e brincando com crianças desconhecidas, é só o Munna. O famoso gente boa.


Uber cute

O ponto mais forte para eu gostar de Munna foi seu apoio à carreira de Mili. Ele não apenas "aceitava" que ela tivesse um emprego, pois resignar-se não é apoiar. Munna e toda a família de Mili acreditam em seu talento e torcem por seu sucesso. Na verdade, isso nem é colocado em questão. É algo bom de se ver, já que as heroínas dos filmes dos anos 90 (inclusive dos meus favoritos) até trabalham, mas não necessariamente tem objetivos de carreira. Além de ter seus próprios sonhos e metas, Mili é adorável — não tanto quanto Munna, é claro, mas o suficiente para me deixar feliz ao vê-la em tela. Ela ama sua família e amigos, mas isso não nos é forçado goela abaixo com mil pessoas discursando sobre o quão boa moça ela é.  Mili brinca/briga com o implicante irmão mais novo, tira sarro da mãe junto com seu engraçado pai e continua andando com os amigos de onde mora mesmo participando do glamouroso círculo social das celebridades. Parar varia um pouco, é bom ver a heroína confortável perto do herói e andando com ele por escolha própria, não porque ele a perseguiu até que só lhe restasse desistir. Mili trata a bem a todos, sabe o que quer, anda com quem quer e faz o que tem vontade. É fácil gostar dela, querê-la por perto.

Uber sweet

Urmilinda humilhando (desculpa)

Foi fácil conhecer Mili e Munna, mas não posso dizer o mesmo de Raj Kamal (Jackie Shroff). O superstar que se encanta por Mili é enigmático. Pensei que fosse vilão quando entrou em cena pois apresentava elementos geralmente característicos de vilões indianos, como roupas escuras, trilha sonora tensa e costume de observar a heroína de longe. Sua personalidade foi definida na segunda metade do filme. Só então fica claro que Raj Kamal é um bom homem marcado por episódios tristes em sua vida. Bem parecido com o Vinod Khanna em Chandni. O bom é que a heroína era mais dinâmica dessa vez.


Nunca se está preparado para ver menino
Jackie animadíssimo de sunga.

Em meio ao triângulo amoroso embalado por canções animadíssimas com uma Urmila quase hiperativa,  fui feliz vendo o filme. A história simples é realçada por atuações sinceras e cheias de energia, o que me manteve grudada à televisão. Até a parte cômica me fez rir, o que não é tão comum com filmes indianos. Se algo enfraqueceu minha experiência com o filme, foi apenas o final. Foi abrupto e não tinha como não sê-lo, já que o lado romântico de Mili foi pouco desenvolvido. Passei o tempo inteiro sem saber se ela gostava de Munna ou de Raj, já que se comportava da mesma forma com ambos.

No quarto dele, de pijama, ensaiando. Porque ela quer!

Minha maior surpresa com o filme foi descobrir que a direção é de Ram Gopal Varma. Gosto de sua obra, mas nos últimos anos seus filmes são tão cansativos e repetitivos que ficou difícil de acreditar que um dia tenha feito um filme tão leve e pouco pretensioso. Para quem não viveu na Índia dos anos 90, como eu, acho meio difícil Rangeela atingir o status de clássico que tem para muitos indianos. O que consegue, e com muito sucesso, é trazer bons momentos para quem se deixa colorir pelo filme.
Hoje surgiu um texto encantador na timeline do Twitter. Raras vezes na vida nos deparamos com o relato da experiência de alguém que imediatamente nos faz pensar "Isso! Foi isso mesmo o que aconteceu comigo!". 

Sonam Nair, diretora de Gippi (2013), escreveu uma carta aberta para Deepika que expressa como também estou me sentindo em relação à atriz. Adoro histórias de pessoas que não eram grande coisa e foram melhorando com trabalho duro — não é de se espantar que tenha me apaixonado por Aishwarya Rai e Ranbir Kapoor. É até mais gostoso de apreciar do que quando gostamos da pessoa de cara. Deepika é mais um desses casos. Como hoje é seu aniversário, nada mais coerente do que compartilhar uma homenagem tão sincera.

Fiz uma tradução livre do texto original, que você pode ler aqui. Tive dificuldades com a palavra underdog, que significa mais ou menos o que entendemos por "zebra": aquela situação em que ganha o fracassado, o que ninguém espera que vença. De todo modo, acho que o sentido do texto se manteve. Espero que vocês também se inspirem por essa história.

Deepika Padukone, o que aconteceu com você?
Por Sonam Nair (tradução livre)


Só tenho um filme como diretora, mas faz 29 anos que sou uma garota. E devo dizer que ambas, a cineasta e a garota em mim, estão absolutamente fascinadas por Deepika Padukone. Quando você gasta tanto tempo fazendo, escrevendo, falando sobre e assistindo a filmes, e quando você encontrou atores pessoalmente e viu que eles são apenas pessoas normais, os filmes perdem sua magia. Você começa a assistir ao desempenho do ator em vez de concentrar-se no papel que estão fazendo. Você começa a notar inconsistências no roteiro, em vez de apreciar a narrativa. Você começa a calcular o que o cineasta quer que você sinta, em vez de sentir por si mesma.

Mas para mim, após um longo tempo, alguém trouxe a velha magia de volta aos filmes. Quando assisto Deepika na tela, me sinto como uma criança outra vez, encarando a atriz com veneração, desejando poder crescer para ser como ela.


A verdade é que, como a maioria das pessoas, eu não era uma grande fã da Deepika quando ela começou. Pensei que era bonita, poderia fazer uns filmes masala e ser esquecida. Não acho que ninguém a tenha visto chegando. Mas mesmo antes de Cocktail chegar às telas, comecei a admirar algo na Deepika.

Ela sempre escolheu personagens realmente fortes, inteligentes e independentes para atuar. Mesmo quando suas contemporâneas estavam fazendo garotas bobas ou acessórios do herói, tendo sucessos maiores e construindo seus nomes, havia uma dignidade em cada papel que fazia. Quer fosse uma garota trabalhando para pagar a faculdade em Bachna Ae Haseeno ou uma garota madura e prática em Love Aaj Kal, que conversava de forma inteligente sobre os relacionamentos e os homens em sua vida. Apesar de que, devo admitir, Cocktail foi quando realmente me apaixonei por Deepika. Lembro de assistir ao filme e fazer a mesma pergunta sem parar: "o que ACONTECEU com a Deepika?". A melhor coisa é que Cocktail não foi apenas uma maravilha isolada. O mesmo pensamento fica passando por minha cabeça sempre que sai um novo filme da Deepika. Eu ainda gostaria de uma resposta a isso se você estiver lendo, Deepika. O que aconteceu com você? E, por favor, pode acontecer comigo também?

Não acho que nenhuma atriz tenha se transformado em tela tão repentinamente, e ela só fica melhor. Você consegue ver que ela está se esforçando em cada cena e que toda expressão e todo movimento de dança vem de seu coração. Ela está fazendo filmes com atores incríveis e os ofusca completamente em muitas cenas. Digo, sou fã ardorosa do Ranbir Kapoor, mas só estava olhando para Deepika em Yeh Jawaani Hai Dewaani. O mesmo em Chennai Express e Goliyon Ki Rasleela Ram-Leela. Que ano ela teve! É de admirar, então, que eu sinta que há algum encantamento envolvido?

Estou realmente inspirada pela Deepika neste momento. Não apenas por que ela é absolutamente linda e extremamente talentosa, mas porque tem trabalhado muito arduamente para chegar onde está agora. Me deixa esperançosa. Me faz sentir como se minha carreira estivesse em minhas mãos e como se caso eu apenas desse tudo de mim, milagres pudessem acontecer. Ninguém pode chamá-la disso agora, mas ela era uma perdedora e agora está no topo. Esta é uma história da qual nunca vou me cansar.
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"DEEWANEANDO"?

Devanear = divagar, imaginar, fantasiar. Deewani = louca, maluca. Deewaneando = pensar aleatória e loucamente sobre cinema indiano.

Meu nome é Carol e sou a maior bollynerd que você vai conhecer! O Deewaneando existe desde 2010 e guarda todo o meu amor pelo cinema indiano, especialmente Bollywood - o cinema hindi. Dos filmes antigos aos mais recentes, aqui e no Bollywoodcast, seguirei devaneando sobre Bollywood.

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