Deewaneando
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Hoje é dia de Tolly no Deewaneando!

Destino: Andhra Pradesh!
Siddhu (Siddhart) é filho de pais separados. Ele e Geeta (Tamannaah) se apaixonam, mas o pai dela, Subramaniam (Nassar), não aprova seu casamento por acreditar que os pais de Siddhu não lhe ensinaram sobre a importância dos valores familiares. Siddhu e Geeta assumem para si a tarefa de unir os pais dele, tendo de passar por cima do orgulho de Prakash (Prakash Raj), o pai, e da raiva de Rajji (Ramya Krishnan), a mãe. Acreditem ou não: o nome de quem dirigiu é Kishore Kumar.

O filme tem dois romances: o interrompido e o recém-iniciado. O último começa a existir a partir do momento em que Geeta, que é uma séria e doce moça de aldeia (clássica!), percebe que Siddhu esconde muitas coisas boas por trás da aparência de moleque travesso. Por influência dele, ela passou a se divertir mais e aproveitar o dia. Já ele começou a enxergar responsabilidades a partir do contato com ela, além de alguma coisa que não peguei muito bem sobre abraçar a própria tristeza. Entendi que por ter se acostumado a sorrir para tudo e não pensar a fundo sobre nada, ele havia desaprendido a dar espaço para o sofrimento que também faz parte de nós – o que voltou a acontecer após conhecer Geeta. O casal interagiu bem, os atores pareciam confortáveis um com o outro.


Os pais de Siddhu são complexos e tomaram algumas das piores decisões possíveis em relação ao filho. Quando se separaram, a mãe levou o menino e o pai ficou vendo-o mais ou menos às escondidas durantes vários anos. Falar o nome do pai traz óbvio desconforto à mãe, e vice-versa. Um acha que o outro está tentando roubar seu filho e fazem o rapaz se sentir em constante divisão de afeto. Este povo precisa de um treinamento em habilidades parentais para ontem! Ao mesmo tempo em que não concordei com o preconceito do pai da Geeta relação a um filho de pais divorciados, ele teve razão em relação ao Siddhu: com pais como aqueles, realmente não havia como entender qualquer coisa sobre valores familiares. Os dois não fizeram o menor esforço para tornar o processo de separação o menos traumático quanto fosse possível para a criança.

Siddhu me trouxe uma sensação de déjà vu em relação aos outros (poucos) personagens que vi do Siddharth no cinema telugu, especialmente o meu amado Santosh de Nuvvostanante Nenoddantana (meu filme telugu favorito). Os dois são namoradores, bagunceiros e irritam as sérias mocinhas com suas brincadeiras fora de hora, mas acabam demonstrando alguma parte mais sensível que as encanta. Como já tinha recebido disto antes, acabei não sendo muito afetada desta vez. Até sua atuação parecia ter menos energia, provavelmente por estar mais velho (e ainda fazendo romances, shahrukhinho do sul!). Não entendi bem seu círculo de amizade, que incluía um homem de uns 35 anos que não fazia nada além de segui-lo e levar tapas na cara. O núcleo cômico do filme é bem ruim.


Reação de Siddharth ao ver seu penteado.

Esta moça é incrivelmente bonita.

Geeta tinha traços que achei um pouco difíceis de entender e uma atitude de solidariedade feminina que às vezes me fazia bocejar. Minha dificuldade foi em entender como ela passou de menina séria à moça livre, e desta para namorada com humor altamente inconstante. Não é uma personagem insuportável, é até meiga e gostei de vê-la em cena. Só fiquei com a impressão de que repentinamente colocaram o mega clichê “mulheres são difíceis” para a história ficar mais engraçadinha, e não acho isto muito legal. Homens são difíceis, mulheres são difíceis, relacionamentos são difíceis, a vida é difícil.

Este tipo de coisa só reforça estereótipos bobos, mas...ei, isto é um romance. Era de se esperar alguns clichês. Lembrei da Kajol no DDLJ, que era um doce de pessoa até encontrar um rapaz e ficar enjoadinha. Me desanima ver que o herói costuma ter uma evolução legal ao se apaixonar, ao passo que a heroína costuma ficar chata.

Hein?

Gente...!?!?!?!

Falando de heroínas e mulheres em geral, o filme tem duas mães em pólos opostos: uma ficou independente do marido, foi trabalhar e provou sua independência; a outra tinha tanta presença que só notei que a Geeta também tinha mãe após mais de uma hora de filme! O pai de Geeta é o senhor das decisões. Não vi nenhuma mulher falando, a menina só falou sobre a forte ligação que tinha com o pai...pensei que a mãe não fosse viva.

Fora a questão das inabilidades parentais, o casal mais velho roubou o filme. Ver os dois negando a óbvia saudade que sentiam um do outro, agindo como crianças e não percebendo que estavam sendo manipulados pelos jovens do filme foi adorável. Isto se deve muito ao imenso talento do Sr. Prakash Raj, que a partir de agora é um queridinho deste blog. Ele tem gestos muito expansivos, mas consegue modulá-los facilmente para as cenas mais ternas, como as com o filho. A Ramya Krishnan não me causou nenhuma impressão mais profunda, senti até mesmo que poderia ter demonstrado mais emoção em algumas cenas. De qualquer maneira, foi surpreendente assistir à uma história em que um casal mais velho tivesse a mesma importância que um casal jovem, sem aquele clima caricato que às vezes se dá. O diálogo final deles é minha cena favorita no filme, além de uma das mais doces e belas que já vi do Prakash. Nossa, ele é tão bom!


As músicas do filme são meigas. Minhas favoritas foram duas ao ar livre: a simpática, repleta de efeitos de câmera lenta e com o pombo mais falso do mundo Egire Egire; e outra que não acho de jeito nenhum no Youtube. É a primeira, que introduz os personagens. A trilha é do trio SEL.

Tujhe dekha to telugu!

KIKK é bem gostosinho de se assistir, especialmente se deixarmos de lado o senhor que faz hilárias piadas sobre críquete e nos focarmos nas fofas histórias de amor (a quem quero enganar? Olhem para o Prakash Raj!) e no belo modo como o cinema telugu consegue mostrar a natureza. É um modo bem legal de passear por Tollywood.

Hoje faz exatos três anos que conheci Bollywood. Ou melhor, hoje faz três anos que amo Bollywood, já que fiquei extremamente encantada já no primeiro filme, Kal Ho Naa Ho. Estava pensando no que escrever e ia fazer uma lista dos meus filmes favoritos, mas nem eu mesma sei quais são. Foi então que a ideia de algo mais interessante surgiu: falar dos filmes que mudaram minha experiência com Bollywood de alguma forma, que trouxeram alguma transformação à esta relação tão repleta de pyaar, ishq e mohabbat (isso não é nome de filme?). Cada um de sua forma, os filmes a seguir certamente me tiraram do status quo. Isto não quer dizer mesmo que alguns deles sejam meus favoritos.

Só filmes Hindi listados!

Rang de Basanti


Eu era apenas uma doce mocinha apaixonada por qualquer romance shahrukhaniano quando assisti a RDB. Odiei fortemente o rumo que o filme tomou e pronto, não tinha mais nada a dizer. Decidi revê-lo alguns meses depois e o dia em que o fiz me marcou muito. Eu estava vendo uma coisa totalmente diferente: eram ações com as quais eu ainda não concordava de modo algum, mas minha interpretação delas era outra, algo que ia muito além do gostar ou não gostar. Já mudei de opinião sobre filmes, mas aquilo ali foi mais intenso.Foi o momento em que percebi como filmes e pessoas são complexos, escondendo muito mais do que a superfície deixa ver. Foi o primeiro filme indiano que não amei ou odiei totalmente, sendo que eu antes só enxergava estas duas reações. É uma pena que eu não escrevesse naquela época, pois assim eu poderia mostrar como minha mudança foi clara. A partir de RDB ocorreu minha transformação: de ver filmes e às vezes vivê-los, passei a ver, vivê-los, pensá-los, dissecá-los, me apropriar daquelas obras o quanto puder.

Kabhi Kabhie


Oh, Deus. Não gosto da história desse filme e de quase tudo nele,  mas alguma coisa em Kabhi Kabhie me fez ter certeza de que queria ver filmes antigos para sempre, tanto que vi Guide pouco depois. Meu primeiro filme antigo foi Mughal-E-Azam e deste eu gosto, mas KK foi mais ponto de virada. Nele me apaixonei pelo casal Rishi-Neetu, por músicas antigas (Tera Phoolon Jaisa Rang é clássica da minha vida), foi meu primeiro filme com o Shashi (que estava medonho)...ah, até que tenho motivos para achar que foi um filme que me trouxe mudança. Apesar de ser estranho.

Bachna Ae Haseeno


Nada em relação à história ou seu impacto sobre mim. A questão é ter sido o primeiro filme que legendei! A primeira legenda, a gente nunca esquece.

Dabangg


Sempre achei que havia visto Amar Akbar Anthony após Dabangg, mas vi as datas e foi o inverso. Sendo assim, Chulbul Pandey foi meu primeiro herói masala no sentido mais puro da coisa! Também foi quando realmente entendi o significado de um item number dentro de um filme, tendo Malaika Arora Khan virado minha diva moderna.

Apesar de a história ter ficado um pouco confusa às vezes e de o vilão não ser tão odioso, foi uma belíssima introdução ao verdadeiro mundo masala, que hoje é meu vício. Dá para acreditar que eu nem queria assistir por medo de ser outro dos peculiares filmes do Salman Khan? Salve Pandey! E salve Munni, claro!

Amar Akbar Anthony


Dabangg pode ter sido o primeiro masala, mas AAA foi o que me fez arrumar as trouxas e morar na Masalândia. Não sei como descrever o tamanho do meu amor e encantamento por este filme, é mais um caso de pyaarice extrema. Comecei a gostar dos anos 70, conheci as maravilhas de Manmohan Desai, se estabeleceu a atração admiração que sinto pelo Vinod Sexy As Hell Khanna (era iniciante quando vi Muqaddar Ka Sikandar), tudo é mágico naquele filme. AAA renovou bastante minha ligação com Bollywood. Só Amitabh sabe como não posso mais viver sem dishoom-dishoom.

Golmaal Returns e Golmaal 3


Eu não era lá muito fã dessas comédias com gente gritando, correndo e soltando pum, mas os carros voadores de Golmaal me conquistaram para o gênero - um dos poucos que escapava ao meu gosto por quase tudo em Bollywood. Ainda não rio de 90% das piadas, mas me sinto alegre e tranquila assistindo àquele absurdos. Não ligo para o primeiro filme da série Golmaal, mas o Returns e o 3 me trouxeram a este lugar de espera ansiosa por comédias do Sajid Khan e do Rohit Shetty.

Band Baaja Baaraat


Sabem como as pessoas estavam cansadas de romances em 2007, daí veio Jab We Met e virou o filme salvador de suas vidas em Bolly? O meu cansaço foi em 2010 e minha salvação foi BBB, que vi logo no início de 2011. Não aguentava mais ver heroínas tão chatas, então Shruti Kakkar foi o sopro de ar fresco de que eu tanto precisava. Ela era inteligente, engraçada, empreendedora, complicada, a heroína mais legal que vi em muito tempo. Mudou meus padrões para heroínas, o que é bem complicado em termos de Bollywood...

Todos os filmes que vi me trouxeram algo de bom porque me fizeram conhecer o cinema indiano um pouquinho mais. Falando de Bolly, que é o que conheço melhor: oh céus, ela tem tantos problemas e ainda não sabe tratar de tantos assuntos importantes para a sociedade! Mas há algo mudando ali, mesmo que a passos não tão largos. E quero continuar presenciando este movimento enquanto observo as mesmas histórias, artistas, músicas e danças maravilhosas de sempre. Não me pretendo separar tão cedo de você, então espere muitos outros aniversários, Bollywood!


Se estiver carregando sua inquietude no coração, você está vivo.
Se estiver carregando a luz dos sonhos nos olhos, você está vivo.

Como uma brisa, aprenda a ser livre.
Aprenda a fluir como as ondas do mar.
Receba de braços abertos cada momento de sua vida.
Que cada momento o receba com um motivo para viver.

Se estiver carregando sua inquietude no coração, você está vivo. 
Se estiver carregando a luz dos sonhos nos olhos, você está vivo.


Javed Akhtar (traduzido por C. Rondinelli para a legenda de ZNMD)


Tenho uma certa paixão por mulheres diretoras no cinema indiano. Elas são poucas, mas conseguem fazer a diferença e me dão muito orgulho (go, girls!). A Zoya Akhtar já havia me conquistado quando destruiu meus sonhos dourados sobre o que seria Bollywood em  Luck By Chance. Não estava colocando muita fé de que fosse conseguir manter meu interesse com Zindagi Na Milegi Dobara, mas conseguiu ir muito além disto. 

O filme conta a história de três amigos: Kabir (Abhay Deol), um mauricinho que está de casamento marcado com a patricinha Natasha (Kalki Koechlin); Imran (Farhan Akhtar), o “palhaço da turma” que também tem seus fantasmas; e Arjun (Hrithik Roshan), o homem de negócios super ocupado que nunca tem tempo para os amigos ou para si mesmo. Os três combinaram ainda na época da faculdade que fariam juntos uma viagem à Espanha e decidem fazê-la como despedida de solteiro de Kabir. Cada um escolheu um esporte radical que deveria ser praticado por todos, mas os amigos só poderiam revelar cada esporte na hora de praticá-lo. Como era de se esperar, acontece toda uma jornada de autoconhecimento para os rapazes.


O que mais gostei em ZNMD é que uma história que não me surpreendeu em absolutamente nada me prendeu e emocionou muito. Vi a Zoya dizendo que aquele era um filme sobre pessoas, e é este o tipo de coisa pela qual me apaixono: gente errando, aprendendo, sorrindo, chorando, respirando, vivendo (quem está sempre por aqui sabe que fico brega muito facilmente). Fico encantada quando o cinema comercial consegue me fazer sentir ligada a personagens totalmente fora da minha realidade, acho até mais incrível do que quando o cinema alternativo o consegue – afinal, não é isto que este último tem que fazer? O comercial inicialmente só tem que entreter. Lá estava eu, me sentindo conectada a um cara que pode voar para a Espanha dando um ou dois telefonemas. Logo eu, que só saí do Rio para ir em Minas. De ônibus. 



E já que comecei por ele, continuemos falando do Arjun, o empresário certinho que só pensa em juntar muito dinheiro, não consegue viver o presente e nem manter relacionamentos. Normalmente não consigo me conectar muito ao Hrithik porque ele está sempre colocado em seu posto de deus grego (com o qual não concordo), mas o Arjun me encantou exatamente por tirá-lo de lá: ele estava deslocado em meio a toda aquela beleza da Espanha. Por isto, senti bem sua mudança ao longo do filme; já mais para o final aquele corpo parecia ter se ajustado ao lugar. Além da história pessoal do personagem, a ótima interação entre os três atores também fez muita diferença nessa sensação de não-pertencimento passada pelo Arjun. 

Minha questão pessoal com o Arjun é saber do que ele está falando. É irracional gastar tanta energia e se privar muito hoje por um amanhã incerto, mas é difícil sair disso depois que já se está lá, no meio da luta. É comovente quando percebe que há mais na vida do que imaginava. Sua relação com a instrutora de mergulho Laila (Katrina Kaif) ajudou neste processo. É clichê: moça que sabe aproveitar a vida ensina o valor de viver o presente para homem ocupado. Mas não é menos adorável por ser clichê! Estou amando a Katrina Kaif em papéis nos quais está mais natural. Ela ainda não é uma boa atriz, mas vejo-a como uma presença muito agradável na tela, sem contar que vem melhorando nos últimos tempos. Deve ser aquela mistura de beleza simples com papéis pouco desafiadores e algo mais...só sei que ando tentando me convencer de que não estou começando a amá-la. Pois bem, mais uma personagem economicamente estabilizada pregando o carpe diem. E eu adorei. A voz da Kat estava muito relaxada e tranquila, tão boa de ouvir! Queria ter uma amiga como a Laila.


Acho que o Imran sempre será o papel da vida do Farhan Akhtar. Tenho até a impressão de que aquele ali é o Farhar Akhtar, que aparenta ter uma clima meio troll. É um dos personagens de que mais gostei no cinema indiano recentemente, tudo nele é divertido: as piadinhas constantes, a sensibilidade escondida sem ficar caricato, a naturalidade ao se mover. E ele não apenas quer ser engraçado, como consegue! Sou muito fã do Farhan por sua carreira versátil (passo tempo demais em Wikipedias bollyoodianas), mas não esperava que pudesse segurar tão bem um personagem verdadeiro como tantos andam tentando compor. Como falei no início, Imran tem seus “fantasmas”; no caso, a vontade de conhecer o recém-descoberto pai verdadeiro. Ele é daquele tipo que está o tempo todo tentando se comunicar com os outros, mas deixa pouco espaço para que realmente o conheçam. 


Já Kabir tinha tudo para ser o mais sem-graça, mas é outro personagem tão sensivelmente construído que também acabou por ser incrível. Uma das coisas que mais gostei nele foi o fato de ter odiado a “nova personalidade” de Natasha após o noivado não apenas por ela estar se apoderando de sua vida, mas porque a mulher independente que era foi aquela por quem se apaixonou e de quem sentia falta. Não é só querer uma companheira que não se intrometa na sua vida, mas sim alguém com uma individualidade tão rica que sempre haverá novos aspectos interessantes para descobrir. Nem mesmo a Natasha ser tão perua fez com que o filme se desviasse de mostrar personagens bem humanos, vemos que ela tem um lado bom (e um engraçado também). Outro ponto muito legal do Kabir é seu caráter conciliador, procurando sempre manter a calma e um bom clima entre os amigos. 

She's a rock chick in a hard rock world.

A amizade como mostrada no filme é linda porque encara as diferenças existentes entre aqueles três perfis tão diferentes. Ela vai se desenvolvendo e amadurecendo de acordo com as descobertas feitas pelos rapazes. É muito comum filmes indianos tratarem de amizade masculina e o público adora, não é à toa que Sholay é o clássico dos clássicos. Mas de todos os que vi, ZNMD foi o que mostrou a amizade da melhor forma, até por ser da mais sincera. Um não diz que dará a vida pelo outro, mas certamente estarão presentes quando algum deles precisar. 

A trilha é uma beleza. A música mais especial é a divertida Señorita, com todo o seu clima espanhol embalando as vozes dos três atores, que realmente cantaram (mal). A mais doce é Khwabon Ki Parindey e também adoro Suraj Ki Bahon Mein, mas não não cliquem no link desta última se não tiverem visto o filme! É muuuito spoiler. A trilha é do trio SEL, que eu adorava nos meus primeiros filmes, caiu bastante no meu conceito e depois cresceu com ZNMD. É uma trilha para relaxar e sorrir. 


Zindagi Na Milegi Dobara é um dos filmes mais bonitos dos últimos anos. Tudo nele passa uma honestidade que tantos outros filmes se esforçam para ter quando se “ocidentalizam”, mas não conseguem. Parece que todo o mundo ali acreditava naquela história, naqueles personagens, naquele lugar, na força do projeto. Lembro que quando li Comer, Rezar, Amar, vi algumas pessoas diminuindo a história por diversos motivos e eu pensava: “Cara, aquela pessoa teve a chance de passar um ano viajando para três lugares incríveis com o único fim de se conhecer. É muito improvável que isto aconteça comigo ou com qualquer um, então vou ler esta história para saber como é poder ter esta experiência”. Tive pensamentos parecidos com ZNMD. Não vou para a Espanha tão cedo, muito menos para passar semanas só fazendo turismo e me conhecendo. Se eu puder receber um pouco que seja desta experiência, mesmo que seja de um filme, não abrirei mão! É claro que é fácil ter a estabilidade da qual já falei e sair falando que não se vive duas vezes, mas é este o contexto daqueles personagens e cada um vai ter seu modo de aproveitar a vida. Para minha sorte, nada disso impediu a equipe de fazer um filme maravilhoso. Zoya e todo o mundo, muito obrigada! Agora, só um pedido: bora fazer um filme lindo assim sobre amizade feminina? Estou esperando, me liguem!
Temi que meu amor por Rishi Kapoor não resistisse aos anos 80 e todo seu brilho disco.


Mas amei esse Rishi Kapoor prateado. Karz é entretenimento puro do início ao fim! É a história de Ravi Verma (Raj Kiran), um bom rapaz que é assassinado logo após o casamento por sua ambiciosa esposa Kamini (Simi Garewal). Ela o faz sob ordem do bandido Surjuda (Premnath), cujo nome aparece de mais uns dois modos diferentes na legenda e não consigo descobrir o real. Isto leva ao desespero sua mãe (Durga Khote) e irmã, Jyoti (Abha Dhulia).


Anos depois, Ravi reencarna como o famoso cantor Monty (Rishi Kapoor), que sempre sonhou em ter o amor de uma mãe (o que mais esperar do Rishi lover boy?). Durante uma apresentação, Monty começa a se lembrar do que aconteceu em sua vida passada e fica estupefato com todas aquelas lembranças horríveis e intensas. O que será que há de errado com ele? Façamos um exame.

Parece divertido.

O neurologista ou psiquiatra (o sempre competente Iftekhar) recomenda repouso a Monty, que aproveita para ir até Ooty procurar Tina (Tina Munim), uma coisinha muito da fofinha por quem se encantou durante uma festa (do Iftekhar, se querem saber). Eles se encontram e temos adoráveis musicais, coisa que o Rishi sabe bem como fazer.Tudo está maravilhoso até Monty descobrir que a mulher que cuidou da educação de Tina por todos aqueles anos foi a mesma Kamini que o matou na outra vida. Com a ajuda de Kabira (Pran), leva adiante um plano para fazer a megera confessar seu crime e pagar por todo o sofrimento causado à família Verma.  Drama o suficiente?

Se por um lado temos uma heroína infantil e sem muito o que fazer no filme, por outro temos a super-hiper-blaster Kamini sendo uma mega vilã interessante. Kamini é uma vilã diferente, que não apronta apenas por ser má. É uma mulher facilmente sugestionável. O traço mais legal de sua personalidade é a recusa em envelhecer, o que justifica Simi estar com a mesma cor de cabelo após 21 anos. É esta busca desesperada pela eterna juventude que a faz acreditar que Monty esteja apaixonado por ela.  Ele espertamente percebe isso e alimenta sua vaidade, fingindo abandonar uma garota de 16 anos por uma mulher mais velha.

Simi ji, você arrasa!

Desde que vi Zanjeer estou curiosa sobre a carreira do Pran. Eu estava acostumada a vê-lo somente como vilão em muitos filmes. Entretanto, em todos os últimos filmes que vi ele é o cara legal com um problema ou outro, mas que ajuda o herói com sua leal amizade. Ser amigo do herói poucas vezes traz algo interessante, mas é diferente com os papéis do Pran!  Em Karz, ele faz o papel de Kabira, tio da Tina e maior ajudante de Monty em sua vingança. Tem uma história própria, muitas cenas e falas. Ele até mesmo tem dois ajudantes que chama pelos nomes engraçadinhos de "Direito" e "Esquerdo"! Isto é comum em papéis secundários no cinema indiano ou o Pran teve um lugar próprio? Queria ter alguém muito bom em cinema indiano para me tirar a dúvida.


Pran e Simi ótimos, mas sou uma garota Kapoor e quem mais me agradou foi o Rishi - que, pelo jeito, sempre será meu lover boy favorito. Sua atuação foi boa até mesmo quando começou todo o momento vingança do filme, em que apresentou um Monty tão perturbado pelas lembranças de uma outra vida que só conseguia pensar em fazer justiça a qualquer preço. O problema é que eu: 1) Não ligo muito para histórias de reencarnação e 2) Presto mais atenção no Rishi apaixonado e cantando. Sendo assim, não pude deixar de sentir uma certa tristeza quando o romance com a Tina foi deixado um pouco de lado para toda a questão da vida passada ser resolvida...é, sei que estou soando meio boba. Mas é o efeito Rishi sobre mim.

Porque sou feliz quando Rishi ama.

<3

Apesar de não ser a maior fã de todas de histórias de reencarnação (quando vi Om Shanti Om, só queria saber das piadas e referências!), estava louca de vontade de saber como tudo se resolveria. E nada poderia ser mais incrivelmente bollywoodiano que um musical altamente dramático. E por falar nisto, a trilha do filme é sensacional. Nunca me imaginei gostando de uma trilha tão disco, mas Laxmikant-Pyarelal fizeram a magia acontecer. Om Shanti Om será reconhecida por quem lembra do primeiro clipe do filme de 2007 com o mesmo nome da música, dirigido pela Farah Khan. Minha parte favorita é quando o Rishi chama a moça da plateia para dançar com ele no palco e imagina a Tina Munim no lugar dela. É ali que o poder do lover boy se manifesta!

Dard-E-Dil foi a que mais gostei. É linda, Rafi é sempre fenomenal e a química entre Rishi e Tina é visível. Já Ek Haseena Thi é a tal música do clímax do filme e é um espetáculo por si só. Já Paisa Yeh Paisa tem um grande potencial para desencadear uma crise epiléptica.

O que não gostei no filme: Tina não teve grande participação no plano de vingança; não entendi se a dona mamãe ficou para sempre vendo Ravi no rosto de Monty; fiquei absolutamente perdida nas cenas finais do filme, com todos aqueles tiros e chamas; desnecessários todos os momentos em que o diretor da escola entrava em desespero por a filha ainda não estar casada. Ainda assim, me diverti.

De verdade: isso foi para a vilã pensar que estava vendo fantasmas.




Ek haseena thi, ek deewaaaana thaaaa  ♪

Clímax sem vilã pavorosa não é clímax!



Karz é bem a loucura bollywoodiana da qual tantas vezes sinto falta. Não é um favorito porque a história não me moveu tanto, mas é um ótimo filme para gastar mais de duas horas da nossa vida. Felizmente, foi mais um passinho no meu desconfiado e assustado caminho pelo mundo cheio de lantejoulas da Bollywood dos anos 80.

Carol diz: Ele, mal-humorado. Ela, alegre e de bem com a vida.
Doce Leitor diz: CALMA AÍ! EU JÁ VI ISSO!
Carol diz: Ah, duvido.
Doce Leitor:


Carol: Bom...talvez já tenha visto mesmo.

Ainda assim, temos uma história para contar! E ela nos diz que Rahul Kapoor (Imran Khan), que vive a vida chata que seus pais querem que viva, acabou de ser demitido de seu emprego de arquiteto. Depois de umas loucuras desta vida, que incluem visitas a psicólogos que não tem nada a ver com o que planejei para a minha vida profissional, acaba se embebedando em um bar com a divertida, animada e mega bubbly girl Geet do Jab We Met Riana (Kareena Kapoor). Os dois passam uma noite fazendo loucura por Las Vegas, onde moram. O problema é que a última delas foi se casarem.

Doce Leitor diz: Opa, calma aí...


Carol diz: Por mais incrível que pareça, Doce Leitor, não é cópia de Jogo de Amor em Las Vegas! As semelhanças param ali mesmo na questão do casamento. Neste ponto temos de dar crédito ao produtor Karan Johar, que há meses vinha dizendo que não seria uma cópia. Sóri ae, KJo!

Voltando à história, o diferencial dela é realmente não se tratar de uma comédia romântica, como parecia. Seu foco é a amizade entre os protagonistas, que se forma a partir do momento em que Riana tem de passar alguns dias na casa de Rahul e tenta fazê-lo relaxar mais durante este período. Inicialmente fechado, ele aos poucos vai deixando-a dar o ponto de partida para algumas mudanças em sua vida que ele mesmo já queria. Aí pensei que ela fosse mais um caso de Manic Pixie Dream Girl  sobre quem nada saberíamos e que só existiria na história em função do personagem masculino, o que me desanimou. Entretanto, algumas surpresas vieram. Do mesmo modo como conhecemos os pais de Rahul (Boman Irani mais sério que nunca e Ratna Pathak Shah) e entendemos como foi que ele se tornou alguém tão antiquado, também somos apresentados à divertida e compreensiva família de Riana. Dá para entender por que é tão legal? Ela não é mostrada como uma fadinha transformadora de vidas alheias, que só fica borboleteando por aí (de fada à borboleta, coisas do Deewaneando). É alguém com uma história de vida e raízes. Não pôde realizar sonhos, teve de mudar de plano de vida. Por que aguentou isto melhor que o Rahul? Ora, porque são pessoas diferentes, com bagagens distintas. Ele não pôde ousar sonhar, enquanto ela teve apoio a cada passo.


Rahul é mais complicado. Por ter cada tentativa de autonomia sufocada pelos pais desde que se entende por gente, não é uma pessoa criativa. Talvez por isto tenha dificuldades para entender que tudo o que Riana faz por ele é como amiga. Ele é do tipo que divide o mundo em categorias fixas: ou você é isto ou aquilo. Riana foge às categorizações: dorme com você na sua cama, mas isto só quer dizer que é uma amiga que tem confiança. Na mente limitada do Rahul, uma pessoa só pode agir assim se estiver a fim de você. Me lembrou a Mrinalini do meu último texto, que teve de aprender sobre a existência de outras formas de amor.


Um dos meus problemas com o filme foi a falta de movimentação. Este ritmo mais lento só funciona se o filme tem um roteiro muito bom. Quando nada acontece e enquanto isto tudo o que temos são diálogos que falham em ser engraçados, começo a ficar impaciente para acabar logo. As coisas teriam sido um pouco melhores com outro protagonista que não o Imran. Desde Mere Brother Ki Dulhan venho reclamando de seu jeito entediado de atuar, coisa que continuou em Ek Main. Ele tem potencial, mas ainda não está lá. Para quem for assistir: há uma cena no final, uma das mais esperadas. Me digam se ele não poderia ter posto mais energia nela. Já a Kareena...oooh, Bebo (meus olhos estão brilhando)! Nos últimos tempos entrei numa onda de amor à Kareena, sendo que antes nem gostava dela. Culpa de Golmaal 3, não pude fazer nada. Ela está ótima! É um filme em que a personagem tem que parecer real, e ela conseguiu não apenas isso, como me fazer querer conhecê-la. Apesar da piadinha que fiz no início, a Riana é bem mais madura e interessante enquanto personagem que a Geet do Jab We Met. Não é infantil, apenas feliz e bem resolvida.

Pediu pra ser diva e entrou 80 vezes na fila.

Foi decepcionante a inserção da belíssima trilha do Amit Trivedi no filme. Tomemos Aahatein, minha favorita, como exemplo. Ouço a música todos os dias há semanas, então não fiquei lá muito satisfeita ao ouvi-la cortada. Aunty ji prometia um clipe mais divertido, mas a fotografia do filme é muito bonita e ficou especialmente boa neste clipe, com belos tons de azul. E a música que dá título ao filme teve uma...bem...como é que se traduz picturization? Enfim, a dela não foi muito boa. Pegou os momentos de ambos bêbados em Las Vegas, mas às vezes filmes indianos gravados no exterior conseguem o triste efeito de fazer certos momentos ou músicas descolarem do filme e parecerem um passeio turístico - e foi o que aconteceu com a música Ek Main Aur Ekk Tu.



Falta um pouco de emoção no filme, mas não sinto que as horas gastas vendo-o tenham sido desperdiçadas. Poderia ser muito mais profundo e até divertido caso soubessem inserir umas piadas mais divertidas e boas conversas sobre a vida entre os personagens. Serve para adicionarmos à enorme lista de filmes indianos abordando a questão de pais que modelam os filhos de acordo com os próprios sonhos. Ainda assim, Ek Main Aur Ekk Tu é um filme agradável que trouxe uma boa heroína e a boa ideia de que não é um problema ser uma pessoa simples, mediana. Até que está bom para uma não-comédia romântica.
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"DEEWANEANDO"?

Devanear = divagar, imaginar, fantasiar. Deewani = louca, maluca. Deewaneando = pensar aleatória e loucamente sobre cinema indiano.

Meu nome é Carol e sou a maior bollynerd que você vai conhecer! O Deewaneando existe desde 2010 e guarda todo o meu amor pelo cinema indiano, especialmente Bollywood - o cinema hindi. Dos filmes antigos aos mais recentes, aqui e no Bollywoodcast, seguirei devaneando sobre Bollywood.

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