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E a coluna começa 2018 com o pé direito, esperando que também seja um ano melhor para Bollywood. Hoje tem lançamento atrasado, um protagonista não muito bom para um lançamento, arrogância desnecessária, #classemédiasofre e muito mais. Descubra o que aconteceu em Bolly!

Fé no pai que o filme sai
  
Kedarnath está demorando bastante para ser finalizado. O filme marcará a estreia de Sara Ali Khan, filha de Saif, e contará uma história de amor durante as inundações que tomaram a Índia em 2013. Sara terá Sushant Singh Rajput como par romântico. O diretor Abhishek Kapoor tem vivido uma briga pública com a produtora KriArj Entertainment, conflito que chegou aos tribunais e que teria tido início por Abhishek anunciar uma data de lançamento sem a aprovação da produtora, que não quer que o filme estreie na mesma data que Zero, o próximo de Shahrukh Khan. Aparentemente todos estão apaziguados agora e o filme está retomou as filmagens.

 
Fonte: Hindustan Times.

Não está sendo fácil 
 
Salman Khan falou recentemente sobre as inseguranças que teve ao iniciar sua carreira como ator com Maine Pyar Kiya, em 1989:

"A jornada que comecei com Maine Pyar Kiya, sem saber se eu conseguiria, e aquela época, foram difíceis porque havia outro ator que havia iniciado sua carreira com um grande sucesso. O nome daquele garoto era Aamir Khan. Ele morava no mesmo lugar que eu. Eu pensava que se ele tinha conseguido e eu não conseguisse, a região de Bandra inteira começaria a rir de mim. Então minha preocupação era apenas a área de Bandra-Pali Hill e o círculo de amigos, que tinha apenas quatro ou cinco pessoas."


Ele também falou sobre a pressão que as grandes estrelas sofrem:

"Na minha profissão eu tenho que estar bonito, me vestir bem, fazer sequências de ação estilizadas e romance. Saem matérias sobre os meus namoros, sobre eu estar namorando belas atrizes e de repente surgem as datas do julgamento [Salman foi processado por atropelar e matar um morador de rua em 2002, ao qual não prestou socorro]...as pessoas me veem no Bigg Boss [reality show que apresenta], no qual estou rindo e brincando. Então as pessoas pensam que eu não dou a mínima para as coisas. Esta é a parte mais difícil na nossa jornada como atores. Não importa  pelo que você esteja passando em casa ou na vida pessoal, você não pode ter legendas aqui. Você tem que ser aquele personagem, não importa pelo que esteja passando.

Vejo muitas pessoas saindo de férias, mas eu não posso me dar o luxo de tirar férias. Vejo muitas pessoas se deprimindo e ficando emotivas, mas não posso me dar o luxo de ficar deprimido, triste ou emotivo, pois não importa pelo que eu esteja passando, isso trabalhará contra mim."

Fonte: Hindustan Times.
  
Xenofobia
 
Vocês já sabem o quão triste fico falando sobre o banimento de artistas paquistaneses em Bollywood, atitude tomada após o ataque terrorista na cidade indiana de Uri no ano de 2016. Este evento fez com que fossem tirados de nós artistas incríveis como Fawad Khan (nunca superei) e Mahira Khan, que nem mesmo pôde participar da divulgação de Raees. O novo capítulo desta triste história é musical: a organização Indian Film and Television Producer Council está exigindo um banimento oficial de paquistaneses da indústria após a divulgação da música Ishtehaar, cantada pelo maravilhoso intérprete paquistanês Rahat Fateh Ali Khan para a trilha do filme Welcome To New York. O produtor Vashu Bhagnani comunicou que o que já foi lançado não pode ser retirado, mas que a Índia está em primeiro lugar e que em seus próximos trabalhos não haverá artistas paquistaneses.

E quem segue perdendo é o público. 




Fonte: Hindustan Times.

Chegou a hora?

Após muita especulação, finalmente Isabelle Kaif (irmã de Katrina Kaif) parece ter conseguido um filme para fazer sua estreia em Bollywood. Protetor como é, Salman Khan tomou para si a missão de cuidar do lançamento da jovem e há chances de ela estrear em um filme ao lado de Sooraj Pancholi. Mal visto pelo público como é este rapaz pelo seu envolvimento no suicídio da atriz Jiah Khan, que a pedido dele abortou o bebê que esperava antes de tirar a própria vida, não sei se esta é a melhor parceria para iniciar uma carreira...



Fonte: Open Maganize

Sucesso

Após um período difícil de controvérsias com líderes religiosos e muitas ameaças de morte, Deepika Padukone pode aproveitar a boa repercussão de Padmaavat. Após Ram-Leela e Bajirao Mastani, sua parceria com o diretor Sanjay Leela Bhansali provou ser um sucesso inquestionável.

"Eu me sinto abençoada, porque quando entrei na indústria dez anos atrás com Om Shanti Om, outro filme do Sanjay Leela Bhansali [Saawariya] ia ser lançado na mesma época. Eu não imaginaria que poderia me tornar a personagem principal de um filme dele. Mais do que o sucesso do filme, ele me presenteou com três personagens muito fortes que deixaram uma marca inapagável mas mentes dos apaixonados por cinema"

As críticas recebidas no início da carreira não foram descartadas:

"Elogios não foram constantes na minha jornada. Ao mesmo tempo em que pensava que Om Shanti Om foi o melhor lançamento que alguém poderia pedir, houve uma parte dos críticos e especialistas em cinema que simplesmente me desmereceu. Aqueles momentos foram críticos para moldar minhas decisões profissionais. Me fizeram perceber as coisas que eu precisava melhorar. Eu posso ter feito algumas escolhas de filmes que não foram da forma como eu pensava que seriam, mas todas aquelas experiências me fizeram a atriz e a pessoa que sou hoje. Sem elas, me faltaria convicção para fazer as personagens e ser a profissional que sou hoje."


Fonte: Times of India.
 
Sincerona

Em um debate sobre cinema paralelo, a atriz veterana Ratna Patak Shah declarou que fica incomodada por recentemente a visão internacional da Índia resumir-se a Bollywood e ignorar o restante da produção cultural do país:

"Eu pertenço a um tempo em que falávamos sobre grande arte e cultura quando falávamos sobre a Índia.

(...) É como dizer que toda a civilização americana é Hollywood. É uma ideia vulgar, simplista e infantil da Índia. Tem promovido mais hipocrisia do que se pode crer."

Fonte: The Hindu. 


Tudo resolvido


Sonakshi Sinha e o estilista Manish Malhotra foram juntos ao programa de entrevistas BFFs with Vogue. Indagados sobre Sonam Kapoor, Manish declarou que a atriz é muito talentosa e deveria fazer mais filmes. Já Sonakshi disse que Sonam já foi  arrogante com ela, o que considerou desnecessário. Sonam respondeu no Twitter:
  
"Obrigada, @manishmalhotra! @sonakshisinha, eu sempre fui carinhosa com você, não me lembro de ser arrogante! Se você se sente assim, me desculpe."

Sonakshi respondeu:

"Aaaaah, não seja boba, @sonamkapoor! Todas já estivemos nesses programas onde somos pressionadas a dizer coisas que realmente não queremos. E não estamos acostumadas a ver as coisas  ganharem proporção demais? Não é para levar a sério! Grande abraço."

Não sabemos qual é a relação entre ambas, mas que é legal ver tanta educação entre atrizes, isto é.

Fonte: Miss Malini. 

Mafiosa

Após viver uma rainha em Padmaavat, Deepika Padukone seguirá um caminho totalmente diferente em seu próximo filme. Ela interpretará a personagem real Ashraf Khan, mais conhecida como Sapna Didi, que foi uma temida rainha da máfia. Irrfan Khan fará o papel do marido de Deepika, o gângster Kaliya. O filme será dirigido por Vishal Bhardwaj, diretor dos clássicos cult Omkara, Maqbool e Haider. A previsão de estreia é em outubro deste ano.


Fonte: Indian Express.
 
Influência
Rani Mukerji falou sobre sua entrada na carreira de atriz. A escolha da profissão não foi um desejo pessoal:

"Eu era uma filha obediente, então fazia tudo o que a minha mãe mandava. Ela falou para eu me tornar atriz, então me tornei atriz. Ela percebeu meu talento antes de mim. Eu me tornei atriz por predefinição. Hoje agradeço à minha mãe, já que não acho que eu seria nada além de atriz."

Em 23 de março veremos Rani em Hicki, filme no qual será uma mulher com Síndrome de Tourette que desafia a sociedade para provar que pode ser professora.

Fonte: Indian Express. 
 
Consciência
 
Sonam Kapoor é uma atriz diferente há alguns anos. Não podemos negar as evidências: filmes como Raanjhana, Neerja, Khoobsurat e Dolly Ki Dolly a têm levado para algo além da imagem de fashionista. A atriz decidiu mudar seu rumo após fazer filmes de comédia e ação como Thank You e Players:

"Eu tirei um ano de folga e perguntei a mim mesma - qual é a minha ambição? É me tornar a maior estrela do país ou uma atriz melhor? Buscar o estrelato me faria desviar do meu caminho. Mas buscar a ideia de ser uma atriz melhor seria muito benéfico. O estrelato viria em seguida. Então acho que mudar minha abordagem me ajudou a encontrar meu espaço, já que comecei a identificar o que me deixa confortável. Ainda não me arrependo dos filmes que fiz. Eles foram grandes lições.

Você precisa sentir dentro de você que este filme a está enriquecendo como pessoa, que a está fazendo ser mais do que era antes. Decidi apenas fazer filmes que me tragam esse sentimento. E tem sido uma ótima jornada."

Os próximos papéis da atriz trarão mulheres fortes e Sonam está bastante consciente da mensagem que quer passar com seu trabalho:

"Nesta época, se você não for responsável por aquilo de que faz parte, deveria se envergonhar. Especialmente quando você está numa posição influente. Se vivêssemos em uma sociedade utópica, poderia-se argumentar que você pode fazer arte apenas pela arte. Mas não vivemos. Você está influenciando muitas pessoas, então tem que se responsabilizar por isso. Não acredito em censurar ninguém, mas quanto a mim, não posso ser parte de algo que seja racista, sexista, homofóbico ou apenas retrógrado."


Sonam foi lançada por Sanjay Leela Bhansali em Saawariya (2006) e não voltou a trabalhar com o diretor. Sua avaliação é direta:

"Eu não acho que eu seja o tipo de atriz dele. É isto. Sou eternamente grata a ele por me dar meu lançamento, mas apenas não acho que eu seja o tipo de atriz dele. Se ele pensasse que eu combinasse com algum papel, tenho certeza de que me escalaria novamente."


Fonte: Huffington Post.
O início da paixão de alguém pela Bollywood antiga costuma ser repleto de filmes grandiosos e que mudaram a história do cinema indiano, como Sholay e Mughal-E-Azam. Após um tempo passamos a conhecer os filmes menores, às vezes famosos e completamente loucos que fazem você questionar como é possível que você esteja gostando daquele festival de absurdos e de que forma aquilo conseguiu fazer grande sucesso. É o caso deste filme. Nada faz sentido, porém a mente não deixa  de pensar "ah, as músicas são tão legais. Ah, olha esses figurinos! Os protagonistas estão tão lindos!". É  a vitória da estética sobre a racionalidade.


Sharmeelee (traduzido como Dois Amores, Um Destino em Portugal) conta a história das gêmeas Kanchan e Kamini (Raakhee). Enquanto a personalidade de Kanchan é tímida e envergonhada, Kamini é extrovertida e aventureira. Isto faz com que Kanchan seja constantemente rejeitada por seus pretendentes ao casamento, cujas famílias acabam  preferindo a moderna Kamini. A gêmea alegre conhece o Capitão Ajit Kapoor (Shashi Kapoor) durante uma viagem com seu grupo de amigas e o rapaz rapidamente fica encantado por sua beleza e alegria, porém a moça vai embora antes que ele possa descobrir seu nome. Ao voltar para casa, o pai adotivo de Ajit o apresenta à uma moça com a qual gostaria que o filho se casasse e qual não é a surpresa de Ajit ao deparar-se com a bela moça que conheceu há poucos dias? O problema é que aquela não é Kamini, mas sim Kanchan. Muitas trocas de papéis entre as irmãs dão o tom da história.


Um dos principais temas abordados é o embate entre tradição e modernidade, sendo cada um dos lados representados por uma das gêmeas. Kanchan usa sáris, mal consegue olhar nos olhos das pessoas e não sai muito, enquanto Kamini usa calças, penteados modernos, estudou e viaja com as amigas. Costumamos ver os filmes como retratos de um determinado tempo da sociedade, porém não me lembro de jamais ter visto um filme indiano, especialmente antigo, em que alguma jovem fosse rejeitada por ser recatada e tradicional. É interessante ver as famílias rejeitando Kanchan por não ter educação formal, pois desta forma ela não poderia acompanhar seus bem-formados filhos. E até que elas têm uma certa razão para desconfiar da moça como futura nora, pois a timidez de Kanchan chega a ser patológica e remete a uma fobia social grave - ela treme ao encontrar pessoas novas, não fala, não olha nos olhos, corre dos que se aproximam, mal sai de casa e tem como único hobby conversar com animais. Não é exatamente a imagem de noiva dos sonhos. Por sua vez, Kamini tem grande senso de humor e investiu em seus estudos, o que minimamente garante assunto para conversas. Não é difícil compreender a preferência das famílias por ela, apesar de ser doloroso ver a humilhação a qual Kanchan é submetida com as sucessivas rejeições.















Kamini não se encaixa tão facilmente no clichê da "gêmea má" e está longe de ser uma Paola Bracho. Apesar de claramente sentir-se superior à irmã, é perceptível sua felicidade por ela ao saber que está noiva e seu interesse pelos detalhes sobre o pretendente parece genuíno. Mas não deixa de ser uma personagem difícil de compreender. Em alguns momentos fica implícito que namorou um rapaz e teve relações com ele - coisa imperdoável para moças de filmes antigos - e fiquei em dúvida se teria ou não se envolvido em atividades ilícitas durante o namoro. Tive a impressão de que é mais uma moça extremamente focada em suas próprias necessidades do que uma vilã que deseja causar mal ao outro, especialmente à irmã, apenas por diversão. É um bom contraponto à Kanchan, que passa todo o filme em uma atitude de abnegação em relação àqueles que a humilham; inclusive sacrificando-se pela mãe que não pensou duas vezes ao proclamá-la um fardo para família por não conseguir se casar.

É difícil analisar o capitão Ajit objetivamente por motivos de Shashi, o mais charmoso dos Kapoor. Como Amrita e Beth comentaram muito bem  no podcast Masala Zindabad, Shashi fez alguns personagens bem desprezíveis e acabamos deixando-os passar porque ele é tão...bonito. Não é uma boa justificativa, porém a explosão de carisma do rapaz é tão intensa que dificulta passar incólume, especialmente por já termos uma tolerância maior ao machismo em filmes antigos. Ajit é ainda mais difícil de odiar por ser uma espécie de bom filho, militar e poeta que canta seus poemas para a mulher amada. Não é justo, Shashi. Desta vez consegui detestá-lo porque em um certo ponto do filme ele simplesmente tenta esganar uma mulher e age da forma mais grosseira e deprimente que se possa imaginar, entretanto mesmo nestes momentos foi possível apreciar o talento acumulado por Shashi em anos de teatro. Ainda não encontrei paralelos para sua capacidade de transitar entre os cinemas comercial, paralelo e o teatro.


Rakhee faz um bom trabalho com suas gêmeas, apesar de eu acreditar que provavelmente sua intenção não era fazer Kamini ser mais agradável que Kanchan. O tom excessivamente simplório e de humildade que emprestou à irmã boa é reforçado por um roteiro que traz uma Kanchan subjugada e fiel aos retratos femininos dos romances dos anos 60. O que traz alguma estranheza à Sharmeelee é essas mensagens antigas que opõe "tipos de mulheres" estarem com a nova e brilhante roupagem dos anos 70. Em meio à tanta ação, belos musicais e reviravoltas, é fácil não perceber que há uma mensagem antiga com nova embalagem: mulheres tradicionais são as melhores e sua resignação será recompensada.

A trilha de Sharmeelee foi composta por S.D. Burman, que é meu produtor musical favorito de Bollywood. A divertida trilha tornou-se um grande sucesso na Índia assim que foi lançada. A canção mais famosa provavelmente é O Meri Sharmilee, mas minha favorita é a Aaj Madhosh Hua, que representa o sonho de Kanchan de estar junto de Ajit. A voz de Lata Mangeshkar encaixou-se perfeitamente à proposta sonhadora da canção e  a locação é belíssima - inclusive gostaria de saber onde se passa. Seria Shimla?


Apesar de discordar dos valores transmitidos, senti que este foi um dos filmes mais loucos e dinâmicos que já assisti não apenas em Bollywood, mas na vida. As reviravoltas são frequentes tanto na parte romântica da história quanto na de ação. Há lutas em aviões, assassinatos, espionagem, trocas de irmãs e até hospitalização. Houve um momento em que eu não tinha palavras para descrever o que estava acontecendo e a percepção do meu próprio nível estupefação muito me divertiu. Não é comum, porém considero muito bem-vindo um filme começar pela linha básica do romance e ir revelando-se tão surpreendente que prende o espectador na sua cadeira à espera do próximo evento. O filme seria melhor se não tentasse unir um enredo policial à uma história de triângulo amoroso que já era complicada o suficiente para render uma história inteira. Às vezes a simplicidade por ser a melhor escolha.
Que a morte é parte da vida, todos sabemos. Ainda assim, sempre hesitei em escrever este post, no qual penso há anos, porque a normalidade da morte não a torna menos chocante e também por não querer correr o risco de ser sensacionalista a respeito de eventos que devastaram as vidas de tantas famílias. O que me fez mudar de ideia e decidir contar sobre algumas mortes que chocaram Bollywood foi a minha reação ao ler tais histórias: apesar de sempre ficar impressionada, uma certa tristeza acompanhava a leitura e eu acabava perdida em vídeos e imagens desses artistas, entrando em contato com tudo de mais belo que produziram em suas vidas. Espero que vocês também possam homenagear suas obras e memórias.

Divya Bharti

 
A jovem atriz Divya Bharti fez bastante sucesso no início dos anos 90, sendo um de seus maiores sucessos o filme Deewana, que estrelou ao lado de Shahrukh Khan e Rishi Kapoor. Divya caiu da sacada do seu apartamento em Mumbai no ano de 1993 e foi socorrida por vizinhos, que a levaram ao hospital, porém a atriz não sobreviveu. Muitas especulações foram feitas ao longo dos anos sobre os motivos da queda, porém a polícia concluiu que sua morte foi acidental. Divya tinha apenas 19 anos.

Podemos ver uma Divya bela e radiante ao lado de Shahrukh Khan em Deewana:

 

Smita Patil


Smita Patil é uma das atrizes mais aclamadas de Bollywood e foi símbolo do movimento do cinema paralelo que tomou o cinema hindi nos anos 70 e 80. Suas personagens fortes e reais fugiam ao estereótipo glamouroso que a massa estava acostumada a ver nos filmes e atriz ficou conhecida e premiada por filmes como Bhumika e Arth. A atriz deu a luz ao seu primeiro e único filho em 1986, o ator Prateik Babbar. Smita morreu poucas semanas após o nascimento do filho devido a complicações pós-parto. A atriz tinha 31 anos.

Não era tão comum ver Smita em filmes comerciais, mas sempre era válido quando acontecia. Neste clipe do incrível filme Namak Halal podemos ver uma versão divertida e despretensiosa sua brincando na chuva com Amitabh Bachchan:



Manmohan Desai

 
O maior diretor de sucessos comerciais da história de Bollywood, Manmohan Desai foi responsável por alguns blockbusters de Amitabh Bachchan que viriam a expandir o trabalho do ator também para filmes de comédia. Manmohan caiu da varanda de seu apartamento em Girgaon no ano de 1994, aos 57 anos. O diretor estava noivo da atriz Nanda, diva dos anos 60 por quem era apaixonado há anos. Até hoje é questionado se a morte foi acidental ou suicídio, já que Manmohan passava por sérios problemas financeiros e sofria de dores nas costas crônicas.

Amar Akbar Anthony é o filme mais citado ao lembrar o trabalho de Manmohan. Podemos ver nele toda o talento para direção cômica e dinâmica de Desai:



Jiah Khan

 
A belíssima Jiah Khan foi uma perda recente para nós, fãs do cinema indiano há poucos anos. A atriz participou de enormes sucessos comerciais, como Ghajini e Housefull, e parecia a caminho de uma boa carreira. Infelizmente Jiah tirou a própria vida em 2013, em seu quarto na casa de sua família. Na época saíam boletins diários sobre as investigações da morte e foram encontrados bilhetes nos quais contava que abortou o bebê que esperava do ator Sooraj Pancholi, que na época chegou a ser preso durante as investigações. Em janeiro de 2018 o ator foi acusado de induzir o suicídio de Jiah e irá a julgamento em 17 de fevereiro. A mãe da atriz e a família Pancholi trocam sérias acusações desde a morte de Jiah, que tinha apenas 25 anos.

Neste clipe de Housefull podemos ver Jiah em seu único filme cômico ao lado de Akshay Kumar:



Guru Dutt

 
Guru Dutt é um dos diretores indianos mais aclamados pela crítica internacional, especialmente devido aos clássicos dramáticos Pyaasa e Kaagaz Ke Phool, os quais também protagonizou. Após uma vida pessoal de turbulências com a esposa Geeta Dutt e altos e baixos profissionais, o diretor faleceu em 1964, aos 39 anos, após overdose por ingestão de álcool com pílulas para dormir - não se sabe se acidentalmente ou não.

Kaagaz Ke Phool foi um fracasso comercial que apresentou um pouco da história de vida do diretor. A direção do vídeo abaixo, no qual os apaixonados não podem se aproximar um do outro, é uma das mais lembradas e elogiadas de sua carreira:



Meena Kumari


A rainha das tragédias do cinema indiano infelizmente viria a tornar-se vítima de uma. Meena tinha um casamento difícil com o diretor Kamal Amrohi, pois o marido impunha muitas restrições à sua carreira artística. A relação da atriz com o álcool começou como prescrição médica para sua insônia e desenvolveu-se de tal forma que o alcoolismo a levou a morrer de cirrose em 1972, aos 38 anos e poucas semanas após o lançamento do sucesso Pakeezah.

O rosto de lua cheia de Meena em Pakeezah é uma das lembranças mais presentes que os fãs da atriz têm até hoje:



Priya Rajvansh


Priya iniciou sua carreira pelas mãos do diretor Chetan Anand nos filmes Haqeeqat e Heer Ranjha e teve uma filmografia curta. Após separar-se da esposa, Chetan e Priya iniciaram um relacionamento que durou anos, até a morte do diretor em 1997. Priya herdou parte da herança e temia por sua vida. Infelizmente seus temores estavam corretos e a atriz foi encontrada morta em 2000. Os filhos de Chetan Anand, Ketan e Vivek, foram incriminados juntamente com dois funcionários de Priya pela morte da atriz e condenados à prisão perpétua, mas aparentemente foram soltos.

Heer Ranjha conta uma das histórias de amor mais clássicas da tradição indiana e aqui podemos ver Priya dando vida à clássica personagem:



Parveen Babi


Assistir ao legado de Parveen Babi é sempre prazeroso para os fãs do cinema hindi dos anos 70, por sua alegria e beleza estonteante. Seu sucesso foi equivalente ao sofrimento que viveu devido à esquizofrenia paranóide, transtorno que afetou profundamente suas relações pessoais devido aos delírios de desconfiança - levando a atriz até mesmo a acusar Amitabh Bachchan de querer assassiná-la. Parveen passou seus últimos dias sozinha e teve complicações derivadas da diabetes, tendo sido encontrada ao menos três dias após sua morte por inanição. Apesar das dificuldades, a atriz é lembrada por sua autonomia e coragem ao falar publicamente sobre seus relacionamentos e necessidade de ser independente.

Parveen sempre emprestou sensualidade às suas personagens. O saudoso Shashi Kapoor não parece feliz com seu estado neste divertido clipe de Suhaag:


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"DEEWANEANDO"?

Devanear = divagar, imaginar, fantasiar. Deewani = louca, maluca. Deewaneando = pensar aleatória e loucamente sobre cinema indiano.

Meu nome é Carol e sou a maior bollynerd que você vai conhecer! O Deewaneando existe desde 2010 e guarda todo o meu amor pelo cinema indiano, especialmente Bollywood - o cinema hindi. Dos filmes antigos aos mais recentes, aqui e no Bollywoodcast, seguirei devaneando sobre Bollywood.

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