Estava com vontade de falar sobre um filme aleatório e menos especial do que os últimos sobre os quais escrevi. Deewaar, Arth, Junglee...este último trio é composto de filmes sensacionais, mas também muito difíceis de comentar. Hoje eu queria um pouco mais de facilidade: apenas sentar, digitar e não me preocupar muito. Para tanto, é muito bom um dos antigos filmes do Abhishek Bachchan!
Dirigido por Jeeva, este é o único filme Hindi do diretor. Conta a história de Siddhart, um estudante que passa a morar na casa da sua irmã Shivani (Ayesha Jhulka) e seu cunhado Rajeev (Mukesh Rishi) quando passa a estudar em uma universidade de Délhi. Ele se apaixona à primeira vista (zzzZZzzz) por Jhanvi (Bhumika Chawla) , mas tem que lidar com a violenta oposição de seu irmão, Ganpat (Mahesh Manjrekar).
É uma confusão. Sidhu nunca falou com a moça e logo se apaixonou por ela, provavelmente por tê-la achado muito bonita. Mas ele entra num clima stalker à la Dil Se, não aceitando que talvez ela não esteja interessada. Até aí é manejável. Isto é Bollywood, não há lugar melhor para se contar uma história em que a mocinha fica distante e suspirosa enquanto o herói sonha com ela à distância. É então que vem o:
Problema 1
Jhanvi não diz nada e não consegue ser nenhuma Poonam para me cativar mesmo no silêncio. E neste filme, o Abhishek Bachchan é um dos piores heróis românticos que já vi. Ele não é um daqueles atores que conseguem sustentar sozinhos uma cena romântica idealizada - como aquelas de lembrar da amada sorrindo mesmo que ela não tenha dito nada. A junção destes dois seres apáticos me deixou em profundo estado de coma tédio. Uma boa parte do filme se passa neste amor tão estimulante quanto o BBB12 e pensei que não poderia ficar pior. Foi então que veio o:
Problema 2
Sidhu era um bom menino sem nada muito especial. Repentinamente vira um herói masala que consegue bater em dez homens sozinho, fazendo-os correr de medo em seguida. A situação foi tão inesperada que comecei a rir. Não há absolutamente nada no roteiro que nos leve a imaginar que havia toda aquela força escondida nele, o rapaz até havia apanhado no dia anterior. Além disto, o Abhishek não convence na ação. Acredito que dois fatores poderiam ajudar a aliviar isto: um roteiro melhor que o desse filme e frases de efeito. Nada disto estava a favor do Abhi. Pensei até que o fato de ele ser magrinho interferisse, mas o Amitabh também era magro e arrasava nas lutas. Certo, vou parar com este momento tiazinha chata de ficar comparando pai e filho.
Entretanto, esta nem foi a pior mudança. Sabem quando Jhanvi passou a gostar de Sidhu? Quando ele foi à sua casa e ameaçou sua sobrinha com uma faca para que o irmão dela não fizesse mal à sua família. Para mim, isto não prova coragem alguma. Os meus heróis indianos jamais colocariam em risco a vida de pessoas inocentes, especialmente criancinhas! Voltando à chata da Jhanvi, como uma pessoa que não dá a mínima para a outra muda de ideia quando a última diz que vai matar sua amada família? Pode até existir gente assim, mas precisa mesmo ser a heroína do meu filme?
Problema 3
Comédia horrível
Ganesh (Vijay Raaz), amigo de Sidhu, é o responsável pela comédia da história. Antes não fosse e cortassem meia hora de filme. O rapaz foi atrás do amigo e se perdeu na cidade grande, passando por situações hilárias como ter um órgão roubado, ser jogado em um filme pornô e tomar banho num rio poluído. O rapaz grita a cada frase. Pelo amor de Johnny Walker, não preciso disso.
Não posso culpar apenas o rapaz pelo fracasso da comédia. O cunhado de Sidhu também deveria fazer umas gracinhas com a sua seriedade, mas a única coisa minimamente engraçada era minha cisma de que ele parecia uma versão do Akshay Kumar menos trabalhada na academia.
Problema 4
Pior. Trilha. Da. História.
Claro que estou exagerando, mas foi esta minha sensação a cada vez que vinha um clipe ruim depois de uma cena péssima, o que pode resumir o filme. Tenho forte vergonha de clipes praianos (isto existe?) de Bolly no início dos anos 2000, coisa que há neste filme. O único clipe que valeu a pena foi o de Sarki Chunariya Re Zara Zara, que, por sinal, foi o que me levou a saber do filme. A troca de roupas e dinâmica do vídeo é mais interessante que a coreografia, mas vale a pena olhar.
Comigo, vídeos são a última esperança de salvação caso não esteja gostando do filme. Há filmes quase insuportáveis dos quais tenho boas lembranças graças aos clipes, Tees Maar Khan é o melhor exemplo. Ainda paciente, vi só a metade do filme em um dia e deixei o resto para o outro, pois poderia ser que meu humor estivesse ruim. Não adiantou. Um dia depois, vinte minutos de filme e eu estava entediada como no dia anterior. Run é tão desanimador que conseguiu dois feitos incríveis: tirar a graça que eu tinha em ler "Bhumika Chawla" (soa bem) e me fazer não querer ver o original tâmil, com o Madhavan (!). Talvez o tempo faça o filme parecer melhor, mas por enquanto acho difícil. Meu arrependimento foi não ter corrido para as colinas enquanto podia.
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"Ameaça à crianças é afrodisíaco", declara Jhanvi ao Deewaneando. |
Problema 3
Comédia horrível
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<Insira aqui uma piada> |
Ganesh (Vijay Raaz), amigo de Sidhu, é o responsável pela comédia da história. Antes não fosse e cortassem meia hora de filme. O rapaz foi atrás do amigo e se perdeu na cidade grande, passando por situações hilárias como ter um órgão roubado, ser jogado em um filme pornô e tomar banho num rio poluído. O rapaz grita a cada frase. Pelo amor de Johnny Walker, não preciso disso.
Não posso culpar apenas o rapaz pelo fracasso da comédia. O cunhado de Sidhu também deveria fazer umas gracinhas com a sua seriedade, mas a única coisa minimamente engraçada era minha cisma de que ele parecia uma versão do Akshay Kumar menos trabalhada na academia.
Problema 4
Pior. Trilha. Da. História.
Claro que estou exagerando, mas foi esta minha sensação a cada vez que vinha um clipe ruim depois de uma cena péssima, o que pode resumir o filme. Tenho forte vergonha de clipes praianos (isto existe?) de Bolly no início dos anos 2000, coisa que há neste filme. O único clipe que valeu a pena foi o de Sarki Chunariya Re Zara Zara, que, por sinal, foi o que me levou a saber do filme. A troca de roupas e dinâmica do vídeo é mais interessante que a coreografia, mas vale a pena olhar.
Comigo, vídeos são a última esperança de salvação caso não esteja gostando do filme. Há filmes quase insuportáveis dos quais tenho boas lembranças graças aos clipes, Tees Maar Khan é o melhor exemplo. Ainda paciente, vi só a metade do filme em um dia e deixei o resto para o outro, pois poderia ser que meu humor estivesse ruim. Não adiantou. Um dia depois, vinte minutos de filme e eu estava entediada como no dia anterior. Run é tão desanimador que conseguiu dois feitos incríveis: tirar a graça que eu tinha em ler "Bhumika Chawla" (soa bem) e me fazer não querer ver o original tâmil, com o Madhavan (!). Talvez o tempo faça o filme parecer melhor, mas por enquanto acho difícil. Meu arrependimento foi não ter corrido para as colinas enquanto podia.
3 comments
Waa amei o post e me fez querer ver o porre que esse filme é... Entretanto sempre vejo você afirmar que Tees Maar Khan é insuportavelmente chato, mas apesar de ainda não ter assistido o filme, o acho, pelo menos de aparênica, um filme bem legal e divertido de se ver. E de todo o post o que mais me marcou foi: "Ameaça à crianças é afrodisíaco", declara Jhanvi ao Deewaneando. kkkkkkkk Juro que não paro de rir a cada vez que leio essa simples frase kkk xD
ResponderExcluirBjos, minha Deus *--*
Sarê, foi como falei hoje pra você: mesmo que o filme seja uma droga, gosto quando desperto a curiosidade da pessoa. Quanto a TMK, ele é colorido e bonito de se olhar, mas tem uma hora em que quero metralhar o elenco todo...fica insuportável mesmo. Se suportei duas vezes, foi pelos clipes.
ResponderExcluirBeijo, aluna bonita! :*
Abhishek consegue ser cômico até quando é pra ser sério, né? Uma piada, o jovem.
ResponderExcluirDeixe um comentário e me conte o que achou!