Ainda bem que esta coluna virou quinzenal, porque a polêmica anda em baixa - mas inexistente, jamais! Hoje temos um ator magoadíssimo, a confirmação da nossa próxima estrela dos cinemas, um bigode nojento, a madrinha da coluna trazendo polêmica e o homem mais lindo do mundo praticamente nos dizendo adeus. Descubra o que aconteceu em Bolly!
Angry old man
O sumido Govinda deu as caras e decidiu não ser mais diplomático ao falar sobre seus colegas de indústria. O ator deu declarações não muito simpáticas sobre o diretor David Dhawan, com quem já trabalhou em vários filmes, como Partner e Jodi Nº 1.
"Na natureza do David Dhawan sempre houve um elemento de dominação. Se o filme de alguém está indo bem, ele não gosta ou aprecia. Ele é do tipo invejoso e gosta do fato de as pessoas não estarem indo bem em seu campo de trabalho. E quando ele sente que seu trabalho vai ser dificultado por causa de alguém, ele garante que a pessoa não entre em seu caminho. Acho que a pressão por eu fazer parte da política estava caindo sobre ele, então ele apenas se afastou. Não estou esperando nada. Que Deus o abençoe."
Acabou o amor
Govinda não aceitou bem o afastamento do diretor.
"Eu fiz 17 filmes com ele. Quando pedi a David para fazer o 18º filme comigo, ele pegou meu tema, deu o título de 'Chashme Baddoor' e escalou o Rishi Kapoor. Então pedi a ele para me colocar em uma participação especial. Ele também não fez isso. Depois disso, não o encontrei por alguns anos. Continuei pedindo a ele para fazer ao menos uma cena comigo para que pudesse ser meu 18º filme com ele. Mas não sei o que se passava na mente dele."
Como falar é terapêutico, ele acabou mostrando também seu ressentimento por nunca ter sido convidado por Karan Johar para participar do talk show Koffee With Karan.
"Ele deve ter dito que que era uma questão de respeito nacional para ele chamar o Govinda, mas ele vai lançar o filme do Varun (Badrinath Ki Dulhania) apenas uma semana depois do meu filme. Ele mostra ser muito humilde e inocente, mas eu o considero mais invejoso e perigoso que o David Dhawan.
Ele nunca me ligou em 30 anos, ele não vê atores que não sejam parte do seu grupo e nem mesmo diz um olá. Ele não é tão bondoso. É um passo bem planejado e esperto do Karan lançar seu filme uma semana depois do meu. Eu não o acho tão direto como ele se coloca."
Paulo Coelho parabenizou Shahrukh Khan no Twitter pelos 7 anos de My Name Is Khan e compartilhou uma imagem de seu Facebook de anos atrás na qual dizia que o ator merecia um Oscar por sua atuação.
"O primeiro e único filme dele que assisti (neste ano, mesmo tendo sido lançado em 2008) foi 'My Name Is Khan'. E o filme não apenas foi excelente, mas SRK mereceria um Oscar se Hollywood não fosse manipulada. Ele gentilmente se ofereceu para me enviar seus outros filmes - como você pode provavelmente adivinhar, não é fácil encontrá-los na Suíça."
A quinta temporada do Koffee With Karan está bem movimentada (talvez por isso Govinda esteja magoadíssimo em não participar). Em sua participação com Alia Bhatt, Varun Dhawan fez o fofoqueiro e respondeu "Disha Patani" quando Karan perguntou o que Tiger Shroff tem que ele não tem. Já quando Karan fez a mesma pergunta, mas desta vez perguntando o que Sidharth Malhotra teria, Varun apenas olhou para Alia Bhatt sem dizer nada. Promoção de namoros midiáticos ou fofocas sinceras? Aposto mais na primeira opção.
O próximo episódio trará Kangana Ranaut e Saif Ali Khan. Nele Kangana diz que em sua biografia, Karan aparecerá como um grandão de Bollywood que é esnobe, intolerante com quem vem de fora, portador da bandeira do nepotismo e de uma máfia do cinema. Kangana, você movimenta este mundo.
Gente nova
Como já venho informando aqui há algum tempo, a mídia indiana anda obcecada pelos filhos das estrelas. Rumores sobre seus lançamentos em filmes surgem a todo momento e são tantos que é impossível dar conta. Uma das possibilidades mais comentadas recentemente é a da estreia de Sara Ali Khan, filha de Saif Ali Khan e Amrita Singh. Muito se falou inicialmente que a jovem seria lançada por Karan Johar em um filme com Hrithik Roshan, mas o assunto enfraqueceu por falta de evidências. Como nada é impossível no mundo do entretenimento, esta semana recebemos a confirmação mais forte de que precisávamos: do pai da moça. Quando perguntado se a filha seria lançada por Karan Johar, Saif respondeu:
"Acho que ela irá. Estou muito feliz por ela estar trabalhando com Karan Johar, porque o acho brilhante com estreantes e ele a lançará da forma correta. Ele é um diretor muito inteligente e apaixonado e entende o cinema. Estou muito satisfeito por ela estar com ele."
Concordo com Saif. Se a Sara tiver a metade do sucesso que Alia Bhatt teve após ser apresentada por Karan Johar, estará com a vida feita. O rumor mais recente é que a estreante estará em Student Of The Year 2 ao lado de Tiger Shroff. Desta vez o filme não seria dirigido por Karan, que seria apenas o produtor. A direção ficaria por conta de Punit Malhotra, que tem em sua bagagem o sucesso I Hate Luv Storys. Disha Patani estaria confirmada no papel, mas o teria perdido para Sara - que traria muito mais curiosidade do público.
Internacional
Deepika Padukone teria conseguido o papel principal no próximo filme do diretor Siddharth Anand. A produção é indo-chinesa e a atriz faria par com o ator chinês Dang Chow.
Mais um
Parece que Kangana Ranaut conseguiu mais um desafeto. A atriz não parece ter tido uma experiência muito agradável ao trabalhar com Shahid Kapoor em Rangoon, dando a seguinte declaração bombástica:
"Eu não gosto de cenas íntimas num filme. Elas são as mais difíceis de gravar. Você tem uma relação formal com alguém e repentinamente vocês estão um na boca do outro. Aquele bigodão do Shahid é horrível. Era tão...não era nojento, mas sim uma tragédia em outro nível! Quando perguntei a ele a respeito, ele disse que passa cera e que tem coriza no nariz."
Shahid foi questionado sobre a fala da colega e disse que ela tem uma imaginação muito vívida, pois não se lembra de ter dito aquilo. Quando soube da resposta de Shahid, Kangs não deixou por menos:
"Ele deve ter pegado aquela fala emprestada do Hrithik."
Não falei que esse era o assunto que nunca morre? Ela não permite. Mas Kangana disse que distorceram suas palavras na tal entrevista e soltou mais uma indireta para alguém que não tem nada a ver com o assunto. "Além disso, a mídia precisa entender que não deve fazer esse tipo de pergunta. Eles me perguntam quem beija melhor. O que você quer dizer? Esses homens acabaram de ter filhos e nós não olhamos para eles dessa forma. Este é o nosso trabalho. Mas as pessoas falam de uma maneira frívola. E eu nunca falo dessa forma sobre o meu trabalho. Há sempre o risco de deturparem sua fala horrivelmente, mas é melhor isso do que dizer que eu amei as cuecas do Shahid. Não é melhor? (ela ri)."
Essa fala não tem nada a ver com a Deepika ter falado que as cuecas do Ranbir eram fofas na época de Tamasha. Nossas mentes que são maldosas mesmo.
Dupla explosiva
É raro ver dois superstars dividindo um filme, mas talvez tenhamos uma grande surpresa neste campo. Boatos dão conta de que em breve teremos um filme estrelado por Akshay Kumar e Hrithik Roshan. Qual tipo de história daria conta das habilidades artísticas dos dois?
Le prénom
Saif Ali Khan falou sobre a controvérsia a respeito do nome de seu filho com Kareena Kapoor. Muitos acusaram o casal de terem homenageado Timur, um conquistador da Ásia Central que saqueou Délhi no século 13. Saif já negou várias vezes que essa tenha sido a inspiração.
"Estou ciente de que houve um governante turco que possivelmente foi um pouco violento. Aquele foi Timur e este é Taimur. Pode soar similar porque tem raízes similares. Além disso, julgar o passado com lentes atuais é um pouco extremo. Um nome não significa nada. Asoka também é um nome violento. Alexandre também. Estou ciente de que há uma certa carga de islamofobia no mundo hoje e, como muçulmanos, se não nos apossarmos disso, então quem irá? Eu não posso chamar meu filho de Alexandre e nem de Ram. Então por que não um belo nome muçulmano e criá-lo com valores seculares para que as pessoas digam 'que cara legal' quando o encontrarem? Aí estará o fim do nome."
A irmã de Katrina Kaif pode ser lançada em Bollywood em breve. Dizia-se que o primeiro filme da jovem Isabel seria lançado pela produtora de Salman Khan, porém hoje se acredita que a própria Katrina abrirá uma produtora e ela será responsável pelo lançamento de sua irmã.
Reconhecimento internacional
O filme Newtown, dirigido Amit Masurkar e estrelado por Raj Kummar Rao - cujo nome é escrito de tantas formas que já desisti de saber a correta - estreou na 67ª edição do Festival de Berlim e ganhou o prêmio do Cinema de Arte. É sempre bom ver o cinema indiano sendo reconhecido em outras praças.
Superpoderosos
Ranbir Kapoor e Alia Bhatt serão o casal principal de Dragon. O próximo filme de Ayan Mukerji (Wake Up Sid, Yeh Jawani Hai Deewani) será sobre um super-herói que tem uma conexão mística com o fogo. Quem acabou de entrar para o elenco é o incomparável Amitabh Bachchah. As gravações de Dragon terão início em agosto, quando Ranbir terá terminado de filmar a biografia de Sanjay Dutt.
Esse enredo parece uma péssima ideia, mas estou dando um voto de confiança porque não é possível tanta gente boa se reunir para algo ruim.
Outro retorno
Parece que chegou a época dos retornos. Agora é a vez de Darsheel Safary, que há anos nos encantou como o menino disléxico Ishaan no filme Taare Zameen Par (Como Estrelas na Terra). O agora crescido rapaz voltará às telas no romance adolescente Quickie.
Celebração
Neil Nitin Mukesh se casou com Rukmini Sahay. A cerimônia ocorreu em Udaipur e contou com a presença de 500 convidados. Como todo bom casamento indiano, a celebração durou mais de três dias. Felicidades ao casal!
O homem mais lindo do mundo
Fawad Khan falou pela primeira vez após a proibição de que artistas paquistaneses trabalhassem em Bollywood. O belíssimo ator falou sobre sua vida, carreira e visão de mundo. Seus amigos contam que passou por uma "fase negra" quando mais jovem e foi pedido que Fawad contasse um pouco mais sobre aquele momento.
"Bem, eu posso estar errado, já que sinto que não existe nenhuma 'verdade objetiva' e tudo é subjetivo - mas da forma como vejo as coisas, você tem muitas expectativas da vida quando é mais novo. Acho que chega um momento em que você começa a desistir das expectativas, porque o mundo não lhe deve nada e você não deve nada ao mundo em troca. Coisas, sentimentos, são uma transação muito simples. Se você consegue, seja grato. Se não consegue, fique bem com isso. Quando eu era mais novo, eu pensava que também queria fazer dinheiro, eu também queria um pedaço do bolo. Então aqueles poderiam ser os tempos sombrios. E sim, a saúde era uma coisa que me preocupava. E isso ainda é algo que está comigo, mas eu aceito. Curiosamente, ontem eu estava conversando com a minha esposa e eu estava apenas apreciando - ou talvez eu estivesse apenas em um momento muito emocional - o fato de que se eu não tivesse experienciado os baixos da vida, eu não seria capaz de apreciar os altos, e minha vida teria estagnado. E quando a vida se estagna, ela se torna suicida. Você sempre precisa de uma checagem de realidade de tempos em tempos. Então, qualquer que tenha sido o período sombrio, eu sou grato por ele. Sim, eu já estive sem um tostão. Tive que batalhar um pouco. Mas agora gosto de pensar nisso porque só me faz sentir melhor com as minhas conquistas."
Fawad é visto como um homem retraído. Muitos dizem que é sua estratégia para aparecer em mundo no qual artistas são demasiadamente exibicionistas.
"Prefiro falar menos porque não me considero uma pessoa muito inteligente. Então penso em vez de ser vítima da doença de enfiar os pés pelas mãos. Deve-se abster de falar o máximo possível. Eu tendo a divagar e consigo fazê-lo com meus amigos e ser expressivo. Mas sinto - e isso volta ao assunto da mídia social e da liberdade de expressão - que quando você está numa plataforma pública e coloca algo lá para pessoas que não o conhecem, elas podem entender de uma forma muito diferente. Algumas pessoas podem dizer que é errado e que você deve defender o que é certo, mas meu argumento é: tudo é tão cinza, como você pode dizer o que é certo ou errado? Você defende uma coisa e sempre haverá alguém com uma ideia oposta. Eu não sou uma pessoa de confrontação. Você pode me chamar de covarde, mas eu apenas não gosto de confronto. Não gosto de incomodar as pessoas ou de ficar incomodado. Eu não acho que eu seja antipático, mas tem a ver com eu ser tímido e ter um sério caso de medo de palco. Não é tanto sobre ser introvertido quanto por ser levemente reservado quanto às minhas opiniões. Eu gosto de manter as coisas assim. Mas no ano passado comecei a ser o anfitrião de festas para as pessoas e descobri que era uma experiência tão maravilhosa. É muito divertido ver as pessoas socializado de forma digna e ainda assim se divertindo muito. Eu amaria conhecer as pessoas, mas eu não quero que esse seja o contexto. Não quero que haja resultados esperados disso, porque mais uma vez, eu não sou um homem de expectativas.
O ator prefere seguir o caminho inverso do cenário atual, no qual os atores são cada vez mais convidados a expressarem suas opiniões em diversas plataformas:
"O lema da minha vida é 'o melhor conselho é não dar nenhum conselho'. Sim, há muita tristeza e dor no mundo, mas minha crença é que se você quer assumir uma posição sobre algo, deve estar muito educado a respeito. Vivemos em uma geração Wikipedia e é um fato muito triste que as pessoas não possuam um grande conhecimento sobre os assuntos e tendam a entrar em discussões acaloradas sem conhecer o contexto das coisas. Eu mesmo fui vítima disso. Se vou falar sobre algo, preciso estar educado a respeito e preciso ter visto todas as perspectivas."
Talvez Fawad se refira à época dos ataques terroristas em Uri, quando houve a proibição de paquistaneses trabalharem em Bollywood e diversas correntes de Facebook e Whatsapp surgiram atribuindo-lhe frases e ofensas contra a Índia que seriam facilmente vistas como falsas se as pessoas pesquisassem e vissem que ele não se pronunciou sobre o assunto.
#VoltaFawad
Apesar de não estar trabalhando em Bollywood no momento, Fawad ainda mantém contato com os as amizades que fez e levou uma boa experiência do sistema de produção da indústria:
"A coisa é que Bollywood tem o seu sistema organizado. É uma máquina monstro que produz uns 400 filmes por ano, consistentemente. Eles são capazes de processar as coisas com eficiência. Por exemplo, quando eu estava nos sets de Khoobsurat havia um time de auditores que ficava analisando os custos de cada dia. Ver isso praticamente reforça sua crença de que o planejamento é muito importante. Há uns poucos produtores fazendo isso aqui e é encorajador ver isso. Mas fora isso, se você estiver falando sobre atuação, aprendi tanto quanto aprendi aqui (no Paquistão)."
Por enquanto o ator será visto apenas em produções cinematográficas paquistanesas e tem um projeto na TV local sobre o qual ainda não pode dar detalhes.
Hoje termino a coluna em clima de tristeza por saber que questões políticas nos impedirão de ver mais trabalhos de um artista talentoso na indústria que tanto amamos. Vamos torcer para que a humanidade melhore. Até a próxima!
Biografias são sempre perigosas porque levar a vida real de alguém para o cinema envolve correr os riscos de desapontar aqueles que fizeram parte daquela história, da contagem inacurada dos fatos e de a imagem da pessoa real ser soterrada pelo brilho da estrela que a interpreta. Nada disso impede que nos deparemos com histórias reais no cinema ano após ano, em especial em Bollywood, que há pelo menos cinco anos nutre uma obsessão por filmes biográficos. Somente em 2016 tivemos filmes como Aligarh, Dangal, MS Dhoni e Azhar, sendo a maioria composta por filmes sobre esportes. Neerja é um caso especial. Sua história aconteceu no final dos anos 80 e era desconhecida por grande parte da juventude indiana. Para nossa sorte, o diretor Ram Madhvani decidiu resgatá-la.
Neerja Bhanot era modelo e aeromoça da companhia aérea Pam Am. Ela tinha apenas 22 anos em 1983, mas sua jovem idade não a impediu de carregar dores profundas. Neerja havia estado em um casamento abusivo e retornou à casa dos pais após as agressões e pressões do marido para receber um dote. A jovem conseguiu emprego como aeromoça e seu primeiro dia como chefe de cabine seria no voo 73 da Pam Am, que ia em direção a Frankfurt. Uma escala foi feita na cidade paquistanesa de Karachi e foi naquele momento que terroristas palestinos da organização Abu Nidal sequestraram o avião para forçar que os pilotos os levassem para Cyprus a fim de libertarem terroristas presos. Neerja enviou o código de sequestro aos pilotos, que evacuaram a cabine. Aquele que era para ser um voo tenebroso tornou-se um inesperado sequestro de um avião que não deixou o solo. 17 horas depois, Neerja e outros 20 passageiros não mais viviam. Entretanto, graças à bravura da jovem, 340 passageiros foram salvos.
A história da aeromoça heroína era forte demais para que não nos assustássemos ao ver Sonam Kapoor como a atriz escolhida para vivê-la. Sonam tem uma carreira irregular, com poucos sucessos e atuações não muito reconhecidas por público e crítica. Algo vinha lentamente mudando em seu talento desde a comédia romântica Khoobsurat, em que demonstrou um desempenho melhor do que a sua média. Ainda assim, a pesada história de Neerja parecia um voto de confiança grande demais para o que Sonam vinha apresentando até hoje. O que foi mudando minha percepção e me fazendo crer na qualidade do filme foi sua produção. Durante os meses de gravação fui surpreendida por uma Sonam mais quieta e profunda do que o normal. Todo o drama do filme se passou em um avião construído pela equipe e as sequências foram longas e dolorosas, sendo necessária uma imersão total de todos os atores envolvidos. Sonam estava abalada, machucada pela violência física imposta pelo roteiro e impactada pela história de vida que estava representando. Para quem observava estava claro que aquela personagem estava afetando até mesmo sua forma de ver a vida.
A abordagem do roteiro apresenta Neerja como uma jovem absolutamente normal, semelhante a qualquer um de nós. Seu pai a criou com o princípio de sempre fazer a coisa certa e ser forte. É através desses princípios que somos levados a entender de onde a aeromoça tira coragem para atos discretos de enorme bravura durante o sequestro, como esconder os passaportes americanos ao perceber que os sequestradores desejavam matar cidadãos dos Estados Unidos. Foram inseridas cenas representando seu intenso pavor das explosões do marido justapostas às cenas em que sente medo durante o sequestro para expressar a ideia principal: Neerja não era uma mulher sem medo, mas sim alguém que agiu mesmo tomada por ele para fazer o que era correto. Assim como em seus episódios de violência doméstica, ela teme fazer ou dizer qualquer coisa errada. Há sequências em que a câmera é posicionada extremamente perto dos rostos. Podemos ver o terror passando pelos olhos e lágrimas de Sonam como jamais imaginaríamos.
A proximidade das câmeras deixa o espectador sem ar. Quando os terroristas agridem e apontam suas armas para a equipe e os passageiros, nos sentimos próximos o suficiente para compartilhar da tensão no ar. Mas para além do jogo de câmeras, as atuações enérgicas dos passageiros e dos terroristas foram essenciais para transmitir a atmosfera pesada. Não há como falar deste filme sem mencionar o trabalho de Jim Sarbh, intérprete do terrorista Khalil. Ele representa o terrorista impulsivo e sanguinário que está disposto a tudo pela sua causa e não tem pudor algum em ser cruel e violento com todos. Khalil já mostra seu sadismo de início, porém há uma escalada no estado psicológico do personagem que é feita brilhantemente pelo ator. Khalil perde o controle progressivamente devido ao enclausuramento e à falta de perspectiva quanto ao atendimento das demandas de seu grupo. Os terroristas ficam cansados, irritados e desesperados. A forma como saem de si é contraposta à conduta de Neerja, que jamais perde de vista seu dever: acalmar e cuidar dos passageiros.
Neerja foi autorizado pela família da aeromoça com a condição de que pudessem aprovar seu roteiro previamente. Sonam recebeu a bênção de Rama, mãe da jovem, para interpretar sua filha morta tão precocemente. A relação de profundo amor entre mãe e filha vem desde antes do seu nascimento. Diferentemente de tantas famílias indianas tradicionais, com sua obsessão por filhos homens, Rama e seu marido Harish já tinham dois filhos e decidiram engravidar mais uma vez porque desejavam ter uma menina. Neerja era a menina dos olhos de sua família, a caçula amada por todos. Sua perda é impossível de ser compensada com os vários prêmios de bravura que a família recebeu após sua morte. Shabana Azmi foi a escolha correta para interpretar essa mãe que sofre aquilo pelo qual nenhuma mãe deveria passar. Há pouco para falar sobre Shabana que já não tenha sido dito em todos os seus trabalhos impecáveis. Da mulher forte que vemos em tantos filmes, ela conseguiu facilmente flutuar para uma atuação mais assustada e dolorosa de uma mãe em completa negação sobre a possibilidade de sua filha não sobreviver.
Como esperado, nem todos ficaram satisfeitos com a forma como os eventos foram retratados. Alguns membros do voo da Pam Am disseram que a própria Neerja ficaria enojada por ter sido retratada como a única heroína da história, quando todos trabalharam em equipe para preservar a segurança dos passageiros. O sobrevivente Mike Thexton relata em seu livro sobre o evento e nesta matéria que aquela foi a equipe mais competente que já encontrou. Fica claro que houve mais participação coletiva do que a história mostra e que o conto da heroína solitária talvez seja mais interessante para o cinema do que crível na vida real. Ainda assim, é inquestionável a coragem de Neerja e seu profissionalismo ao avisar os pilotos, impedir a coleta dos passaportes, tranquilizar os passageiros e salvar crianças. Sonam Kapoor transmitiu com muita competência a dignidade e inteligência da aeromoça em momento de crise.
Não me lembro da última vez em que me tornei fã de um diretor tão rapidamente, um feito que Ram Madhvani conseguiu com maestria em Neerja. Nem mesmo a inserção de uma música desnecessária ao andamento da história tirou o brilho e, principalmente, a força da história que ele se propôs a contar. Cada membro do voo parecia ter sido dirigido pessoalmente, cada cena foi bem cuidada e nenhuma atuação pareceu fora de lugar. O salto artístico que sua direção permitiu ao trabalho de Sonam Kapoor seria algo impossível de imaginar há alguns anos. Ram transformou a carreira de Sonam para sempre e tornou-a uma das atrizes mais procuradas e valorizadas da indústria após o filme, mas não é apenas ela que lhe deve gratidão. Neerja foi um filme que me reconectou com meus valores mais profundos e me deu a dimensão de como minha vida pode afetar às daqueles que me rodeiam. Acredito que o último filme indiano que me fez querer estar no mundo de forma mais intensa e positiva tenha sido 3 Idiots, e isso já faz sete anos. Isto mostra a raridade de um filme assim acontecer em nossas vidas. E é por esse motivo que vocês devem assistir a Neerja o quanto antes.
Primeira Aconteceu em Bolly de 2017, quem mais está animado? Hoje temos quebra quebra, um casamento inesperado, gente mimada reclamando de barriga cheia e o retorno do barraco que jamais morreu. Descubram agora o que aconteceu em Bolly!
Violência
Provavelmente o assunto mais comentado nos últimos tempos é o ataque sofrido pelo diretor Sanjay Leela Bhansali nos sets de Padmavati em Jaipur. A equipe gravava o filme, quando a locação foi invadida por um grupo furioso de homens que gritavam contra o diretor e seu filme. Vocês podem checar como foi o ataque neste vídeo. Chegaram até mesmo a agredir Sanjay fisicamente e quebraram o equipamentos da filmagem. O ataque foi realizado por membros da organização Shri Rajput Karni Sena e foi feito em protesto a uma entrevista na qual Ranveer Singh teria dito que há uma cena de sonho íntima de seu personagem, Alauddin Khiji, com a rainha Rani Padmini, interpretada por Deepika Padukone.
Padmavati contará a lenda da bela rainha Rani Padmini, que casou-se com o rei Ratan Sen de Chittor. O sultão Alauddin Khiji teria ouvido falar da beleza da rainha e decidiu atacar Chittor para levá-la consigo. Após seu marido ser morto na batalha, a rainha e suas companheiras cometeram suicídio para não serem violadas. Os religiosos do Rajastão têm uma visão sagrada da rainha e declararam que não tolerarão que a história seja distorcida, tendo posto a exigência de que a sequência do sonho seja retirada do filme. O problema é que a tal declaração de Ranveer Singh sobre essa sequência não foi localizada em nenhuma entrevista dada pelo ator.
Como até mesmo tiros foram dados durante a invasão, Bhansali decidiu suspender as gravações em Jaipur para manter a segurança de sua equipe. Sua produtora lançou uma nota após reunião com um representante do Karni Sena. Nela disseram que jamais houve a tal sequência de sonho e que toda a pesquisa histórica foi feita.
Ranbir Kapoor está totalmente dedicado ao seu papel como Sanjay Dutt na biografia do ator que está sendo filmada por Rajkumar Hirani (3 Idiots, P.K.). Sua rotina de alimentação e exercícios é rigorosa e o ator já ganhou 13kg. Ranbir interpretará Sanjay em três fases da sua vida e cada uma exigirá um físico diferente. Na primeira ele será forte e musculoso, depois terá o visual mais magro que o ator tinha nos anos 90 e a terceira mostrará sua fase na reabilitação por seu vício em drogas.
Após quatro anos sem um lançamento, veremos Preity Zinta outra vez nas telonas. A atriz estrelará em Bhaiyyaji Superhit ao lado de Sunny Deol. Preity não sente tanta dificuldade em voltar ao trabalho após ter se casado e deve seu retorno ao apoio do marido:
"Eu não sou a única, há milhões de mulheres que se dividem entre as vidas profissional e pessoal. Elas não são celebradas porque não são atrizes. De fato, o trabalho mais difícil do mundo é ser dona de casa. Não há nenhuma valorização, você tem que trabalhar 24 horas por dia. Mas nós, profissionais, ainda conseguimos esse reconhecimento no nosso local de trabalho. Dito isto, as mulheres, no geral, são supermulheres. Elas cuidam da casa e do trabalho. Há poucos homens que fazem isso. Para mim é muito simples. Estou casada, trabalhando e muito feliz. Tenho sorte por ser casada com uma pessoa que na verdade me impulsionou para fazer um filme. Pensei que eu não quisesse fazer mais filmes e me voltei para o lado empresarial da vida."
Lembram da pequena Ayesha Kapur, que fez a jovem Michelle McNally em Black (2005)? Hoje ela tem 22 anos e estuda Artes na Universidade de Columbia. Ayesha afastou-se das telas para focar em seus estudos, mas hoje tem vontade de voltar a atuar e espera convites. Ela contou sobre a experiência de não ter crescido assistindo Bollywood e estar num set de filmagem aos 9 anos ao lado da figura icônica de Amitabh Bachchan:
"Na primeira vez que o vi, perguntei ao Sr. Bachchan se aquele também era o primeiro filme dele. Aparentemente o estúdio inteiro caiu na gargalhada. Ele foi muito gentil e me deu uma cópia autografada de sua biografia no dia seguinte. Eu não cresci assistindo aos filmes de Bollywood e tinha 9 anos, afinal, então não sabia de muita coisa."
Todos estão ansiosos para saber qual será o próximo filme de Priyanka Chopra em Bollywood. Ela só consegue escolher um filme por ano devido ao intenso ritmo de gravações da série Quantico, então é bastante seletiva quanto a roteiros. Inicialmente houve rumores de que ela estrelaria ao lado de Shahrukh Khan na biografia do poeta Sahir Ludhianvi, planejada pelo diretor Sanjay Leela Bhansali. Mas agora parece que algo mais interessante está a caminho. Bhansali teria levado até a atriz o roteiro da história de uma prostituta em um bordel. Rani Mukerji seria a primeira escolha, mas foi aconselhada a não aceitar o papel por já ter vivido muitas prostitutas no cinema. Será que mais uma vez Priyanka se beneficiará de um papel que seria de Rani, como aconteceu com o elogiado papel de Kashibai em Bajirao Mastani?
Toda vez que dois filmes grandes são lançados na mesma data é uma drama infindável das duas partes. Não foi diferente com Raees e Kaabil, estrelados por Shahrukh Khan e Hrithik Roshan, respectivamente. Os dois filmes foram lançados no dia 25 de janeiro e Rakesh Roshan - pai de Hrithik e produtor de Kaabil - ficou indignado com o curso que as coisas tomaram. Segundo ele, conversas foram mantidas com a produção de Raees e nelas foi decidido que os dois filmes dividiriam ao meio as salas de cinema, porém no dia da estreia ficaram 60% das salas para o filme de Shahrukh e 40% para o de Hrithik.
"Eu pertenço à velha escola de cinema, onde mesmo contratos oficiais eram dispensados. A palavra dada à outra pessoa era o bastante. Aqui, os expositores e distribuidores estão descaradamente voltando atrás em sua palavra sob pressões que não conheço. Estou muito magoado. Se este tipo de práticas anti-éticas continuarem, terei que abandonar o cinema. Não sou apto a lidar com facadas nas costas neste nível.
Tudo está ficando sujo e anti-ético. Nenhum profissionalismo, nenhuma amizade, não é uma família unida de forma alguma. Era na minha época. Jeetendra, eu e Rishi Kapoor somos os melhores amigos até hoje. Aquela era a indústria em que trabalhávamos. Agora apertamos a mão de alguém e não sabemos o que pretendem. Sorrir e beijar as bochechas dos outros em público, isto não é amizade."
Hrithik preferiu ser mais diplomático sobre o assunto e acredita que tudo tenha sido uma questão de desorganização.
"Acredito que Raees também não teve chance. O filme está esperando por uma data de lançamento há algum tempo. Ele deveria ter sido lançado juntamente com Sultan, mas foi adiado. Eles também estão com problemas. Eu entendo isso. Minha tristeza é apenas porque se eles tivessem planejado um pouco melhor, este choque entre os filmes não teria ocorrido."
No final deu tudo certo e ambos os filmes foram um sucesso, mas é claro que o lucro poderia ser maior se cada filme tivesse sido lançado sozinho. E para melhorar as notícias, Kaabil foi exibido em um cinema paquistanês esta semana. Esperamos que seja o primeiro passo para o fim do banimento dos filmes indianos no Paquistão.
Anushka Sharma e o diretor de NH10, o primeiro filme de sua produtora, planejam trabalhar juntos mais uma vez em um filme chamado Kaneda. O filme será sobre uma gangue mafiosa punjabi dentro do Canadá. Ao que tudo indica, Anushka será protagonista juntamente com Arjun Kapoor.
Huma Qureshi falou sobre as dificuldades de se trabalhar em uma indústria tão nepotista como Bollywood.
"O fato é que o nepotismo existe. Será mentira se alguém disser que não existe. Definitivamente existe. Mas ele existe em toda caminhada da vida. Quando digo isso, não quero tirar nada de muitos amigos meus que são da indústria. Eles trabalham duro e são pessoas apaixonadas pelo que fazem. Tem que se dar crédito ao trabalho duro e ao talento, mas ser daqui deixa mais fácil.
Muitas vezes, eu não sabia para quem ligar, como planejar minha carreira, quais filmes assinar. Você realmente deseja uma pessoa mais experiente para ajudar a planejá-la. Eles têm essa vantagem."
Huma fez uma prostituta em Badlapur (2015) e suas ofertas de trabalho ficaram marcadas por esse trabalho:
"Após Badlapur eu recebi ofertas de personagens muito semelhantes. Nossa indústria é bem míope nesse sentido. Quando fiz Gangs Of Wasseypur, eu só recebia ofertas de personagens rústicas. Eu encontrava as pessoas e elas ficavam meio 'oh, então você sabe falar inglês?'. É isto o que acontece. Você é tão boa quanto o seu último lançamento."
Mahira Khan fez uma estreia muito bem-sucedida em Bollywood ao lado de Shahrukh Khan no filme Raees. A atriz não pôde participar das coletivas de imprensa e promoções do filme ao lado do superstar devido ao impedimento de artistas paquistaneses trabalharem na indústria, mas felizmente a tecnologia está aí para reduzir as distâncias criadas pelo homem. Mahira participou da coletiva de imprensa dada em Mumbai para comemorar o sucesso do filme por videoconferência. Graças ao fim do banimento no Paquistão, muito em breve sua terra natal poderá ver seu trabalho.
Neil Nitin Mukesh vai se casar! Nada de novo, não fosse por ser um casamento arranjado. O ator se casará com Rukmini Sahay em fevereiro e não entende a comoção pela forma como conheceu a noiva:
"Não há nada chocante nisso. Às vezes desconsideramos coisas, mas nossos pais não o fazem, e isso está vindo de duas famílias unidas. E quando você olha em detalhes, faz mais sentido. É uma base forte. As pessoas vinham surpresas até mim falando 'Neil, você vai ter um casamento arranjado!'. Inicialmente eu fiquei na defensiva, mas agora apenas rio. Eu amo a ideia de os fãs pensarem que seus atores têm uma vida de conto de fadas, que é linda. Mas em algum lugar para mim, me certifiquei de separar minhas vidas pessoal e profissional."
A mais nova adição ao time da série de comédia Golmaal é ninguém menos que a fantástica Tabu. Conhecida por seus papéis sérios e aclamados pela crítica, a atriz agradeceu ao diretor Rohit Shetty por tê-la escalado em uma área diferente da sua. Golmaal Again será o quarto filme da franquia.
Harshvardhan Kapoor, filho de Anil Kapoor e irmão de Sonam Kapoor, fez sua estreia nos filmes em 2016 com o fracassado Mirzya. Mesmo com o fracasso de público e crítica, o jovem ator vinha recebendo o prêmio de melhor estreante em todas as premiações - exceto pelo Filmfare Awards, que foi concedido ao ator punjabi Diljit Dosangh por sua atuação no elogiado Udta Punjab. Harsh não gostou muito da derrota:
"Eu ganhei todos os prêmios, exceto o Filmfare. Não se sabe como funciona. Alguns prêmios têm um júri e ele decide. Alguns têm voto popular. Então não sei como eles decidiram este ano. Acho que prêmios de estreantes devem ir para pessoas que sejam relativamente novas no cinema. Eu fiz menos trabalhos. Ou então, é como dizer que fiz 100 filmes ingleses e agora sou um estreante porque fiz um filme hindi. Então se Leonardo Di Caprio ganhou um Oscar e vier a Bollywood para fazer um filme, ele será um estreante - o que é algo com o qual não concordo."
Diljit é conhecido por ser muito gentil e humilde, então sua resposta ao comentário não poderia ser diferente:
"Não estou magoado. Não estou triste. Estou grato ao Filmfare Awards pela honra que deram a mim. Eu não acho que sou suficientemente merecedor. É um grande prêmio e acho que eles devem ter visto algo em mim e por isso me deram o prêmio. Para mim, o amor dos meus fãs é o que mais importa e este é o maior prêmio. Eu amo Harshvardhan Kapoor. Também gosto do seu pai, Anil Kapoor, ele é um superstar."
Pegou mal e Harsh foi ao Twitter se desculpar.
"Também amo você, senhor, tenho muito respeito por você e pelo conjunto da sua obra. Perdão se eu disse algo que soou errado."
Como ele marcou Diljit e Anil no tweet, talvez o pai o tenha feito pedir desculpas.
Mal começou 2017 e Kangana Ranaut já mostrou a que veio. Em duas entrevistas recentes, ela tocou em diversos temas espinhosos, como a ida de suas contemporâneas da indústria para Hollywood. Ela no momento tem dois roteiros de filmes americanos para analisar. Como sempre, foi impiedosa em sua análise desse movimento.
"Seria estúpido para qualquer um ir para o Ocidente agora. O ramo de cinema delas está falindo devido à entrada da mídia digital. A Ásia, por outro lado, está onde Hollywood estava há 15 anos atrás. É uma fase lucrativa para o entretenimento aqui. Essas são iscas da qual não serei presa.
Não estou buscando uma carreira alternativa na qual eu possa me mudar para outro país e viver lá. Para ser honesta, toda comunidade, toda sociedade, toda raça, tem seus próprios modelos. Eu não posso esperar ser um modelo para outro país. Eu quero ajudar a fazer crescer o que já temos. Nós levamos 100 longos anos para fazer este negócio crescer.
Se um filme americano (falando de Mogli, 2016) está lucrando Rs 100 crore, e nem todos os nossos filmes conseguem isso, poderemos não encontrar salas para exibir filmes feitos aqui em dez anos. Apóio o cinema mundial, mas precisa ser um filme que traga empregos e dinheiro para o nosso país. Eu não quero me oferecer numa bandeja para outra indústria."
Kangs também falou sobre o maior barraco de 2016, quando ela e Hrithik Roshan passaram meses brigando em público a respeito da suposta relação amorosa que os dois viveriam há anos por meio de e-mails.
"Eu fui arrastada ao tribunal por ser quem eu sou. Eu fui restringida a um relacionamento que foi levado atrás de portas fechadas e lutei com justiça e honestidade. As pessoas falam besteira, mas elas não podem decidir como eu levo minha vida. Eu me senti estigmatizada. Eu acordava e lia notícias sobre e-mails medonhos que eu não tinha escrito. Sou uma roteirista certificada pela New York Film Academy. Eu não escrevo aquele lixo (ela ri)."
Ela recebeu uma notificação judicial exigindo desculpas públicas.
"Eu me recusei. Eu nunca entendi a história completamente - quem estava imitando quem? Eu fui ameaçada de que segredos horríveis sobre mim seriam revelados. Meus pais estavam preocupados com a minha segurança, mas eu não consegui aguentar isso quieta. Havia um grupo de invejosos em volta dele, usando-o para se vingarem de mim.
Apesar de haver momentos em que ele ia chorar para a indústria inteira, querendo que eles sabotassem minha carreira, as pessoas estavam me ligando e dizendo - 'Ele se encontrou conosco e nos mostrou provas, você quer nos encontrar? Porque queremos saber o seu lado da história também.' Mas eu estava, tipo, isso não é da conta de vocês. Eu estava tentando entender as coisas e senti que não fazia sentido buscar um encerramento nos outros.
A indústria de cinema é um lugar amável. Eles realmente cuidaram de mim. Prove o que está dizendo e então talvez eu possa me desculpar. Não vou tolerar bullying."
Em um assunto mais agradável, a atriz contou sobre a experiência de trabalhar com Saif Ali Khan e Shahid Kapoor em Rangoon. Parece que eles são bastante diferentes.
"Ambos são ótimos atores, não são apenas homens bonitos. Ambos são igualmente incríveis, mas Saif é muito mais charmoso e toda a indústria concorda com isso. Ele é o homem mais charmoso da indústria. Ele consegue encantar você em cinco minutos. A forma como ele fala...há algo muito agradável e cativante nele. Não temos nada em comum, viemos de lugares muito diferentes - mas você não se sente assim. Ele tem senso de humor para tudo, o que é muito simpático.
Shahid, por outro lado, é mais introvertido. Ele desconfia muito das pessoas (ela ri bastante)! Há dias em que ele é incrível, ele brincava com todos e havia dias em que ele estava numa zona diferente...muito desconfiado, observando cada movimento seu como se você estivesse escondendo uma arma ou como se você fosse um homem-bomba prestes a pressionar um botão e explodir tudo! Mas no geral, trabalhar com ele foi bom. Percebi que isso (as mudanças no humor) não têm nada a ver com você, porque no dia seguinte ele me trazia café da manhã, assim como no dia posterior, ele já mudaria. Ele definitivamente tem esses humores diferentes."
Quando questionada sobre merecer melhores ofertas de filme após seu sucesso de crítica e público, Kangana faz um balanço sobre a carreira e o que deseja agora.
Em Tanu Weds Manu Returns
"Na verdade, eu recebi propostas de grandes filmes, eu nunca me senti prejudicada na indústria. Mas sinto que agora quero fazer o papel principal nos meus filmes, especialmente desde que fiz o papel duplo (em Tanu Weds Manu Returns)...também pelo fato de que Katti Batti não foi bem e nele eu tive um papel pequeno. Acho que o público estava esperando mais de mim e que não posso ser vista ficando atrás de alguém. Katti Batti também foi uma grande revelação...de uma forma que senti que talvez ficar 10 ou 15 minutos em qualquer filme não seja algo que eu possa fazer agora. Eu recebi ofertas de bons papéis com pessoas que são importantes, grandes atores e diretores, mas então escolhi filmes que me apresentam como a personagem principal. Não sinto que eu não tenha recebido projetos maiores e melhores. Sinto que tenho os melhores filmes agora. Há o filme Simran, de Hansal Mehta, que é uma grande oportunidade, e a personagem de Rangoon foi ótima de se fazer. Acho que esta será de longe a melhor personagem para uma garota fazer. Eu utilizei todas as minhas habilidades e tomei a melhor decisão possível, mas veremos o que está por vir."
Devanear = divagar, imaginar, fantasiar. Deewani = louca, maluca. Deewaneando = pensar aleatória e loucamente sobre cinema indiano.
Meu nome é Carol e sou a maior bollynerd que você vai conhecer! O Deewaneando existe desde 2010 e guarda todo o meu amor pelo cinema indiano, especialmente Bollywood - o cinema hindi. Dos filmes antigos aos mais recentes, aqui e no Bollywoodcast, seguirei devaneando sobre Bollywood.